sábado, 31 de dezembro de 2011

Promessas de Ano Novo

Preparei-me dezembro inteiro para realizar essas promessas, a maioria repetida e esgotadas em si. Mas já que a data nos embala a essas emoções, eis as minhas:
1 - Fazer uma especialização em gestão de alguma coisa, a fim de entender de meios organizacionais;
2 - Pintar meu quarto, a decisão é essa rsrsrs;
3 - Fazer uma atividade esportiva em prol da minha saúde e ficar um pouco mais bonita também - crise de "se achismo";
4 - Viajar com o Victor para o Rio de Janeiro e Bahia;
5 - Namorar, está na hora de sossegar;
6 - Humanizar-me mais ainda;
7 - Escutar músicas e comprar livros diferentes dos de minha preferência - o exercício de olhar novos horizontes;
8 - Comer mais pizza, com soda e assitir a filmes;
9 - Ir mais à missa; e
10 - Fazer mais uma tatuagem.

Esses são minhas missões imediatas, não quer dizer que são estáticas e que não terei outras para me aventurar. Mais quero fazer de 2012 um ano mais leve, mais meu e menos dos outros. Quero experimentar novas emoções e adoecer menos por elas. Quero me da oportunidades que antes não me dava por acreditar que tudo poderia estar como eu sempre desejei, enfim compreendi que nem tudo que queremos é o que merecemos. Investir culturalmente em mim e no meu filho é a meta, pois quando nos fazemos melhor, o mundo também melhora.

um abençoado 2012 para todos nós!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Solteiros e Casados


- Segura!
- Pelo amor de Deus, virou a panela de feijão.
- E agora?
            A escalação começou pela cozinha. As cozinheiras foram convocadas para fazer uma nova feijoada. Os casados, desacreditados que só eles, pelo acúmulo de 7 anos de derrotas, já estavam a postos com a cara amassada, o fígado estragado, o humor renovado. Os solteiros foram chegando faceiros, cheios de si, sentindo-se desde já vitoriosos. A torcida também se acumulava, mais afoita pela bagunça e risos que certamente viriam, do que propriamente pelo jogo dos solteiros contra casados da São Roque.
            E lá foram eles. A feijoada derrubada era o assunto da hora, mas ela haveria de ficar pronta. E o juiz amanhecido apitou o jogo: e vai pela direita, desce pela esquerda e gol! Chuta de lá, mata no peito e gol! E de tanto que os casados meteram que parecia até replay. Sete a cinco, sete anos sem ganhar, sete novos integrantes no time... lançou-se o número da sorte. Os solteiros teriam que engolir os casados, até na rima que soou perfeita: É campeão e “tamos” sem feijão!!!
            Que nada. Festa de amigo sem emoção é para os fracos. A feijoada ficou pronta a tempo do almoço esperado, todos se deliciaram dela, do churrasco e da festa. Festa tão previsível de boa, que levou todos os São Roquinos para o meio do salão, para dançar o carimbó, o tecnobrega, o baião, o samba e vibrar com o hino do papão e do leão. A festa foi boa, que teve até integrante saindo carregado, falando blá blá blá. Teve até amnésia alcóolica. Teve até porre dormindo na mesa de bilhar. Teve até Papai Noel desnutrido, mas que fez a alegria da galera, da criança e se tornou estrela. Teve até oração pelo eterno sócio Coló, pelo carabina, pela dona soloca e pelo Zé lapada, é bom nem dizer os nomes se não ninguém saberia quem era.
            E teve oração pedindo pelos amigos da São Roque, que permaneçam assim: amigos de fé, irmãos camaradas!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Humanamente, boa mortal!


         Às vezes carrego a sensação de que atribuímos um peso indevido a palavras irrefletidas, a atitudes impensadas e a comportamentos mal pensados, ou seriam mal pesados? Bem, nunca escondi meu ceticismo em relação aos primeiros encontros e a relações construídas sobre um currículo metafórico. Também nunca escondi minha crença nas pessoas, depois que creio nelas faço de tudo para não perdê-las, mas se eu as perco, faço de tudo para que elas me percam também.
         Luto pelas amizades. Acredito no improvável. Gosto da felicidade. E acredito piamente na atração daquilo que pensamos. Por essas coisas que tomo cuidado para não atribuir carga negativa demais em minha vida, para que ela não se ajuste aos moldes dos pés pequenos. Se decidi estar solteira, não quer dizer que essa decisão é para o resto da vida. A princípio o desejo é esse, mas sei que essa decisão traz no mesmo levante o bônus e o ônus, tal qual uma relação conjugal. Se decidi estudar, não quer dizer que serei uma intelectual ambulante que “descurte” certas coisas do mundo dos que não acham os estudos um prêmio para carregar além da vida. Se decidir ser independente, sei dos preços a serem pagos devido à sociedade machista em que habito. Às vezes também decido sonhar, decido não sonhar, decido ganhar, aceito perder, aceito calar.
         E sei exatamente o que é sonho e o que é objetivo. Sonhar está no campo do improvável, totalmente palpável, por isso é sonho. Objetivo é aquilo que traço e corro atrás e conquisto e vibro, que vale somente para mim. Os meus planos servem para mim e não para os outros, por isso é objetivo. Delimitá-los significa dizer que sei do equilíbrio e do desequilíbrio. E também sei do relógio e da falta de hora.
         Hoje teço as coisas sob um novo olhar, um colorido, que algumas vezes se disfarça de preto e branco. Mas retomando a crença de que negatividade atrai negatividade, assim como positividade atrai positividade, prefiro ficar com todas minhas vibrações positivas. Feliz, alegre, sorridente, acreditando nas pessoas, com fé, bom humor, solidariedade, amizade... pois essas coisa fazem a vida valer à pena. E perder tempo com o resto é se igualar sendo resto também.
         Sempre inteira, afinal não estou nessa vida por uma eventualidade!
         E sim cheia de defeitos (para dizer que não falei das flores)

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

E o inferno são os outros?


         Não sei, não. Mas vez ou outra me pego atenta às falhas dos outros que julgo como erradas e esqueço que eu mesma já cometi falhas subumanas e, vez ou outra, sem suporte para desculpas. Não digo aqui falhas piegas e canônicas do tipo: mentir, enganar, gritar, ser egoísta, egocêntrica, enfim falhas humanas. Digo daquelas atitudes burras que aponto o dedo e esqueço quão burra que já fui.
         Já gastei horas de ligações telefônicas com amigas, além do desperdício de “viagem” mental, para entender certas atitudes tomadas como burras por mim, mas que eu mesma já fiz por burrice, obviamente. Fui esculachada, feita várias vezes de boba, traída, enganada, passada pra trás quando exercia atitude de boa fé, mas mesmo assim estava lá com aquele que eu julgava amar.
Quantas vezes ele me dizia “estou chegando, te arruma” e não chegava nunca. E eu estava no outro dia, submissa a mim, ao meu medo de perdê-lo e ficar só, o recebia com uma caridade e complacência vergonhosa, que o fortalecia e o incentivava a fazer os maus tratos contra mim novamente. Quantas vezes ele não atendia o telefone, saía sem aviso prévio e eu estava ansiosa para atendê-lo quantas vezes ele me ligasse e disposta a perdoá-lo, por crer que dele não queria a perfeição, apenas sua feição. Quantas vezes ele me excluiu das comemorações, das brincadeiras amigas, dos comes e bebes, por que minha presença era de menos, não importava. Ele me queria quando ele me queria.
         Mas de tanto apanhar, fui me fortalecendo. Deixei de ser a cabocla acuada, para ser mulher de quem ele se arrependeria de ter tantas vezes humilhado. Fui à praia sem avisá-lo, viajei com os amigos sem aviso prévio, tomei um porre homérico e ele nem estava ao lado. Aceitei o convite das primas para as festas que nunca ia e nem fiz questão de sua presença, que era de menos. Fui a não sei quantos aniversários e “esqueci” de avisá-lo. Simplesmente conheci que além do travesseiro encharcado tantas vezes com minhas lágrimas, havia vida. Uma vida deliciosa.
         Quando ele viu que eu passei a me importar mais comigo, o seu mundo caiu e eu passei a ser a única habitante que importava. Ele foi de Salinas ao Caripi atrás de mim só para me dizer o quanto eu lhe era importante. Vigiava minha porta altas madrugadas para que eu não saísse dele. Seus domingos tinham que me ter o dia todo, seja no churrasco com família e amigos, seja num cineminha para agradar meu vício cinéfilo. Os chocolates não se esgotavam em meu quarto e até à universidade ele ia me buscar.
         Mas eu já estava forte demais. E vi que de fato sofrer dói. Conheci outros caras legais, mesmo sem que eu precisasse o traí. Até que um dia, após dois anos eu lhe disse que precisava ir embora, porque além de tudo aquilo existia amor gratuito e solidário... e eu fui. O Zeca tem razão quando diz que "o dono da dor sabe o quanto dói".
         Ele foi devastador com meus sentimentos. Congelou meu coração. E pagou o preço. Mais tarde fui compreender que eu também paguei o preço, pois congelei, emudeci, desencorajei para viver um sentimento de verdade e de entrega total. Quando reencontrei aquele amor perdido da adolescência e soube as farpas que lhe passava, primeiramente o julguei como burro. Mas bastou uma carta perdida para lembrar que em matéria de amor e solidão só quem já morreu na fogueira sabe o que é ser carvão.
         Eu tirei a pedra de cima do peito e me desnudei para esse carinha da adolescência e depois, por várias vezes, o chamei de burro por achar que ele não sabia lidar com as coisas do coração. E eu?
         Bem, enfim compreendi que o infernos somos nós mesmos!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Plantas embaixo do aquário

Essa não é uma das minhas prediletas. Mas gosto muito de "sua proposta". Quando tentei aprender a tocar violão, era com ela que eu ensaiava. Queria por que queria ser a Renata Russa rsrsrs

Plantas Embaixo do Aquário

Legião Urbana

Aceite o desafio e provoque o desempate
Desarme a armadilha e desmonte o disfarce
Se afaste do abismo
Faça do bom-senso a nova ordem
Não deixe a guerra começar
Não deixe a guerra começar
Não deixe a guerra começar
Não deixe a guerra começar
(dialogos em francês e inglês)
Não deixe a guerra começar
Não deixe a guerra começar
Não deixe a guerra começar
Não deixe a guerra começar
Não deixe a guerra começar
Não deixe a guerra começar
Não deixe a guerra começar
Não deixe a guerra começar
Pense só um pouco
Não há nada de novo
Você vive insatisfeito e não confia em ninguém
E não acredita em nada
E agora é só cansaço e falta de vontade
Mas faça do bom-senso a nova ordem
Não deixe a guerra começar
Não deixe a guerra começar
Não deixe a guerra começar

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O medo que não me mete medo


Perdoe-me, medo, mas você não é páreo para mim. Você bem que tentou me fazer desistir por várias ocasiões, porém esqueceu que eu sou mais daquilo que digo, que sou mais do que seus olhos podem ver. Não é porque tenho medo do escuro, que não posso ser chamada de corajosa.
Medo para mim não é brincadeira, nem gosto de criança. É muito mais do que correr contra a maré e bem no claro. É esbarrar no difícil, saborear-se no impossível, estremecer com o erro e mesmo assim vencer. E foi isso que fiz diversas vezes. Tive medo da reprovação e por isso passei na escola. Tive medo de altura e por isso me joguei da ponte mais alta no rio mais fundo. Tive medo do escuro, por isso vaguei num sítio no breu, por pura diversão. Tive medo do desequilíbrio e por isso comprei uma moto. Medo de não conseguir a única vaga do concurso, por isso ela foi minha. Medo de não da tempo para concluir meu trabalho e por isso ele está pronto.
        Como pode vê, meu caro medo, você não é páreo para mim. Não sou invencível, mas não é qualquer coisinha que me faz parar. Nem dos meus sentimentos eu tenho medo. Muito menos da verdade. Quando você diz “não diz o que sente” eu vou lá e digo, gosto de dar a cara à tapa, faz parte do jogo. Gosto até de usar batom vermelho, viu medo?
        Bem, eu chorei com medo, confesso, no dia 01/11/2011, meu orientador arrasou meu trabalho e me disse que eu só tinha um mês para entregá-lo, mas me lembrou que era tarde demais para desistir. E quem lhe disse que eu desistiria? E quem lhe disse que depois de uma breve febre eu não faria melhor por sempre dá o meu melhor?
        E fiz. Daqui a pouco estou indo entregar o meu trabalho: dois capítulos em 80 páginas, é mole? Análise distribuída em todos os capítulos para explicar a teoria, nada de capítulo exclusivo para análise e outros capítulos vazios que não orientam nada, é mole? Enfrentei meu orientador para defender o tema em que eu acreditava e o convenci de que o par que eu propunha era bom, é mole?
        Pois é, medo, sinto muito, mas eu não sou fácil, eu não sou o melhor brinquedo para você se divertir. Mas não se afaste de mim, pois preciso de você para não me dar aquela força, quando eu menos preciso, senão fosse você eu jamais seria a “gabola” vencedora e competente que sou hoje.
        Valeu!!!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A cômica saga de só escolher os loucos

Esse ano foi um recorte dos meus doidos jogos de amor. Bem  no início, ainda com vestígio do ano anterior, estava com ele, que se "relacionamente" não me queria, fisiologicamente precisava e necessitava de mim. O cara é lelé da cuca, mas eu, obviamente desavisada, só percebi essa fatalidade depois da 47 cervejas compartilhadas em doses diárias intervalares de loucura.
Puta que pariu! A pessoa ao mesmo tempo que é inteligentíssima, boa para caramba no que faz, é inseguro, retardado e egocêntrico. Tudo bem, também é divertido, simpático, acessível... mas é retardado e não se fala mais nisso. Ele, sabe-se lá por que, me ligava, tipo assim, às três ou quatro da madrugada para saber se eu estava dormindo (?) e para conversar somente o improvável e questionar meu sentimento por ele. Após o rompimento que agora nem me recordo o porquê, precisei desligar meus telefones de madrugada para poder dormir em paz. Hoje nos esbarramos na amizade. Mas é só isso e nunca mais.
Aliviada a barra, tropecei numa madrugada etílica em um garoto. E após alguns encontros, eis que me vi uma adolescente doida varrida apaixonada pelo sósia mental do toni da lua (dãããã). O garoto é inconstante e seguro, mas não deixou vestígio de onde perdeu sua tomada de decisões e animação. Dizia uma coisa, mas agia de outra e se um dia chamou um tio de criança, me fez morrer de rir antes de dormir, pensando na sua coragem de assim chamá-lo. Outro dia me passou uma mensagem ridícula, que me despertou a imediata pergunta: garota o que tu vistes nesse daí? P.S: até agora não consegui responder sensatamente rsrsrs.
Não sendo suficiente, tropecei em outro que queria me doutrinar no mundo dos adultos. Uma delícia. Lindo. Interessantíssimo. Porém, de longe mais urgente que eu. Até querer que eu deixasse meu filho dormir com a mãe dele para que nós saíssimos ele me pediu, isso com duas semanas que eu o conhecia. É mole? Esse e o outro do capítulo anterior mereciam o rosto enfiado no braço e o slogan "lá vém o xxxxxx".
Não poderia deixar de citar o louco mais relâmpago em que tropecei num pagode. Depois de uma hora juntos, o débil queria discutir relação. A duração do casinho? Uma hora e um minuto.
E para terminar, o caso de amor mais velho e esquisito: ele! Deixou de ser meu gato na mesma velocidade que passou a ser. Queria-me como refúgio. Ligava, convidava e se desligava. Um louco de rachar a sensatez de qualquer um, se bobear a té a cara. Ele até agora não sabe o que quer e é surpreendentemente um pegador de bagulho fora do prazo de validade. Toda sua inteligência não é respaldo para as escolhas erradas que faz. É por isso que digo que conhecimento não é e nunca será sinônimo de sabedoria.
Bem, se esse meu ano era para ser reservado para as sagas de amores loucos, que esse 29 dias passem correndo, porque eu quero é correer daqui de 2011. kkkk