quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Porque eu sei que é amor...

Dois mundos e uma só vida. É assim que traduzo o verbo "diferença de atitudes": educação, amor, esforço, compaixão, facilidade, dificuldade. Dois mundos que me foram apresentados, embora eu esteja dentro de um deles há nove anos, embora eu o precisasse negá-lo para, então, entender-me necessitada vorazmente dele. Acho que o mundo da educação, tal qual o exercício da maternidade, tem que ser de dentro, de vocação, de amor. Para traduzi-lo, faço um empréstimo de Cecília, suponho que para entendê-lo você precisar entrar em contato, ou toca ou não toca.
E é assim e foi assim desde sempre. Mas, ultimamente, esse universo tem roubado meu sono, meu paladar e minhas angústias. E tem me devolvidos os sonhos plantados lá na graduação, bordados na minha mente e estampados na escolha há dez anos quando eu resolvi ser professora, quando eu precisei ser educadora. Se me arrependo, não? Se já me arrependi? Já. Se já me envergonhei face ao aarrependimento? Muito.
Ver crianças que se deslocam às cinco da madrugada, enfrentando até 10km de distância para assistirem aula é um exercício de motivação sem preço. Às vezes elas tem fome, às vezes carência, às vezes olhar vazio, mas o que elas tem demais é uma vontade louca de estudar e de ser criança, em suas poucas horas de oportunidade. Mas ver crianças com preguiça de estudar, com todos os aparatos tecnológicos às mãos, somado ao ódio transmitido ao professor por "eles inventarem" os estudos, negar sua infância porque a moda é o beijo na boca, é latentemente descartável e não me toca. E eu sou platéia e atriz desses dois universos. Adjuvante na força da transformação e lutadora atuante na transformação daquilo que eu me propus aprender, a tocar, ler e fazer.
Leio muito. Amo esse universo transloucado dos livros, dos autores, dos argumentos disputados nas pesquisas, nas teorias sobre educação, que às vezes é de alguém que fala de fora. Amo a escrita da leitura e meus poucos e tantos livros, que são meus apoiadores nessa luta de mundos diferentes, de universos ímpares.
Hoje foi lindo. Meu currículo foi lido há uns dois meses. Tive uma conversa informal, que lá no fundo eu sabia que era um teste de devoção para testar minhas habilidades linguísticas, educacionais e humana. E o resultado foi um convite inicial para ministrar uma formação aos professores municipais, seguido do convite para coordenar uma formação do laboratório de informática, somado à convocação para montar uma sala de cultura/leitura e coordená-la. Por quê? Porque eu sei o que sei, porque eu me achei e me entreguei ao meu sonho de ter a educação próxima assim de mim...
Ou seja, eu a conheci, a toquei, a experimentei e sei que a educação está tatuada na alma, no meu coração, no meu espírito de olhar além, de querer e fazer...
Obrigada, Senhor!!!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

"Livridade" de expressão

Ser livre é uma coisa arriscada, madura... LIVRE! Hoje tive umas vontades estranhas e até dei graças por ter riscado certas opções de minha agenda, porque do jeito que sou teria feito valer minha liberdade de viver aquilo que me é oportunizado viver, mesmo que isso depois significasse arrependimento. Mas nesse vai e vem da vida não me resta compreender as vontades e sim as opções.
Ser livre é ser dual: é ter medo de altura e pular de bung jumppe; é ter medo do escuro e vagar pela minha casa no breu altas madrugadas; é detestar maniçoba e comer um prato até lascar; é ser precavida e contar com a sorte; é me apaixonar e querer distância; é ter com quem contar e querer o isolamento... É ser isso e ser aquilo ao mesmo tempo!
É me deliciar com o pecado e ter a certeza que é tão bom não ser divina. Hoje me senti livre, nova e renovada. Sei que não me basto, sei que tenho ao meu redor pessoas maravilhosas que me querem bem e a quem eu quero bem, sei que amo e sou amada, sei que sou moda e cafona. Sei... sei... sei...
Mas ser livre é não ser livre, afinal ninguém o é. Talvez confundamos a ideia de liberdade ou "livridade" por escaparmos ao tradicionalismo social. Se temos que andar bem vestidos, vamos, então, usar as roupas mais desgastadas. Se temos que namorar, vamos pregar a liberdade sexual. Se temos que ser exímias donas de casa, vamos negar de uma vez por todas o rótulo de amélia. Ser livre é coisa muito séria. E ser livre aos preceitos de quem acha que o é, nada mais é que viver intensamente o outro lado da moeda, desautorizados por muitos.
Se achar que ser livre é não dar satisfações, piorou a concepção que temos, pois pior que ser pseudolivre é estarmos tão presos a outras coisas que julgamos como permissivas, novos conceitos, escravidão ao luxo do dinheiro, chefe chato, distância e saudade há. Ser livre é coisa muito séria.
Poucos conseguiram ser livres, se desvencilhar de rótulos, ter seus amores vividos, suas amizades valorizadas, sua cabeça erguida, ter uma teoria lançada e comungada (olha a prisão novamente). Poucos disseram, fizeram e não se importaram com o resto. É, ser livre é coisa muito séria!
Eu acahava que eu o era com todas as minhas forças, só porque eu podia entrar e sair a hora que eu quisesse, porque eu não precisava dar satisfações para namorado/marido, porque eu pagava minhas contas e meus sapos, porque eu me responsabilizava por aquilo que conscientemente fazia e inconscientemenete louvava com a inconsciência. Porque eu lavrava e lavava no rosto, na alma, nos pés. Porque eu estava além de uma consciência cultural de muitos que me rodeiam.
É fato: "quem pensa por si mesmo é livre e ser livre é coisa muito séria" era só um deboche de Renato Russo, afinal quem vive em marte que atire a primeira pedra.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Lição nossa de cada dia!


Não seria a vida uma eterna lição? Teoricamente, sim. Praticamente, não. Porque praticamente cometemos os mesmos erros, errinhos, sempre, à luz do dia, ou na calada da noite. Basta a tentação se apresentar para que percamos o sentido, as direções que já nos foram dadas pelo vento e pela fadiga, pelos melhores amigos e pela experiência da vida. Não nos basta termos caído, chorado, perdido noites inteiras, pessoas importantes, tempo sagrado, uma vez que na hora que a tentação se apresenta, tudo vira nada e o erro aparece.
Perdemos todo o juízo que nunca tivemos, todo sentido razoável de que uma castilha na mão oferece e conselhos de amigos que sempre mantiveram a mão estendida, vá por água abaixo.
E para quê? Para mais tarde, todas as dores enevoadas voltem de novo. Todo o cinza da tarde escorra pelo chão, desbotada, pois a vida não ensinou nada. Ou ensinou e nós emburrecemos, tipo como acontece na escola na fatigada lição de matemática, ou em todas as exceções do português.
De que vale o perigo? Só me resta dizer que todo castigo para burro é pouco. Eu mesma já me perdi assim. Cega, resoluta na burrice, íntegra na bestidade. Mas não por muito tempo. Atraio as coisas erradas, mas sei que são os testes da vida para o merecimento que vem a seguir, aprendi a lição, doa o quanto me doer, doa a quem doer.
Aprendi que não se deve amar mais ao outro do que a si próprio, pois uma hora isso se vira contra você em forma de traição. Tem pessoas que gostam de pisar nas outras.
Aprendi que à medida que você se importa demais com o outro e de menos com você, o outro aprende o caminho do seu ponto fraco e depois te dá uma surra de solidão.
Aprendi que não morremos por amar demais ou amar de menos. Tudo passa, até as dores de amor.
Aprendi a selecionar meu amor e minhas amizades. E que ambos no final das contas é uma coisa só. Se traiu seu amor é porque nunca considerou sua amizade. Se traiu sua amizade é porque nunca mereceu seu amor.
Aprendi a elencar os assuntos que se deve manter com qualquer pessoa. Algumas irão usar o que você disse contra você, porque não lhe amam e nem são seus amigos.
Aprendi que uma amizade pode se transformar em amor.
Que o tempo não é remédio nenhum, a única coisa que faz sarar é a nossa habilidade de ser racional e de saber discernir o bem do mal.
Aprendi que quando você se entrega sem medida, está aquém de merecer o amor de verdade.
Aprendi que muitos se dizem teu amigo, mas poucos saem para a guerra contigo e que de onde você menos espera é que vem toda a força da superação.
Aprendi que beleza aproxima, mas não sustenta relacionamento nenhum.
Aprendi que conhecimento não representa sabedoria, por isso que vemos tantos conhecedores de alguma coisa morrendo de amor e não aprendendo a lição.
Aprendi a me amar sem medida, a respeitar os meus limites, a escolher meus eleitos, a sorrir para quem sorrir para mim.
Aprendi que tudo na vida tem um prazo e uma data de validade.
Aprendi que nunca se tem uma segunda chance, tudo é a nossa primeira chance...
Aprendi e ainda me falta muito o que aprender, inclusive a aprender a aprender por um caminhos mais curto e menos dolorido.
E eu "não aprendi a me render, que caiam os inimigos, então".
E eu aprendi a parar de procurar, porque o que tem de ser nosso vem ao nosso encontro, basta que estejamos atentos!

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Oh, pedaço de mim!

Ontem fui dormir cedinho, como há tempos não dormia. Mas em paz! No silêncio da madrugada, como de costume, acordei para comer e embalada pelo silêncio fui empurrada para minhas profundezas, pelas minhas autoanálises, para os meus esconderijos ultrasecretos e de repente tive umas saudades:
Da fase boa de viver despreocupada e nem me importar se um dia teria obrigações. Da fase única do dormir e acordar eufóricos e até escapar de se sentir humano de que somos cerceado pelos poblemas e humilhados pelo vida social que nos obriga sermos vencedores. Ah, minha infância, me apruma de novo!
Saudades de pessoas estreladas e insubstituíveis. Nunca encontrei tão boas assim, fiéis, amigas, humanas, gente de verdade mesmo. Amigos que sempre te deixam acompanhadas de sua presença mesmo longe de ti. Amigos que te desbravam e te surpreendem e nunca, mais nunca mesmo, te deixam só no sentimento de exclusão. Marla e Dani; Reinaldo e João Paulo; Lucidea e Sharlene. Pessoas magiquinhas, minhas pessoas amadas.
Saudades dos amigos de universidade, dos planos embebedados pela afronta do álcool. Amigos de fé, irmãos camaradas.
Saudades do livros que li, das bocas que beijei, dos planos que me dei, das vitórias que conquistei, das viagens que realizei...
Saudades camaleônicas, que no raiar de hoje permitiram brotar um sorriso de gratidão, certezas incontestáveis, caminhos louváveis e medos insólitos, dúbios. Mas que junto me empurrão para que eu possa ajustar certezas de olhar para o além e para o pertinho assim e ver até onde eu posso fazer-me limitada pelo meu tempo.
Com quem eu posso contar sem ser fatigada pelo peso nas costas. Com quem me chamará porque lembra e me tem no coração. Com quem me diz sem julgamentos, porque se apresentou a minha história em dela se excluir da sua.
Meus pés percorreram um longo caminho. Sei que não fingi nada, não digo o que não sou, não amo nada do dia pra noite, não tenho medos crueis e tenho  um filho, meu porto!
Hoje estou meio assim, com saudades de tudo que não se foi, das pessoas que amo e sei que basta eu gritar, de um abraço aconchegante que sei onde encontrar. Mas com vontades sufocadas que preciso guardar... 

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Família aos moldes que me dei!

Tenho uma família nos moldes tradicionais, com mamãe, papai e irmãos. Mas esse exemplo não foi forte o suficiente para que eu quisesse a minha assim, escapei do tradicionalismo, quando disse não a minha paixão e sim a minha sensatez. Terei uma, isso é certo, só que em outros moldes, talvez até com uma casa no campo, um lugar pra compor uns trechinhos de histórias impublicáveis, um café com chamego no fim da tarde e um beijo de despedida na hora da saída de ambos para o trabalho.
E essa vontade de constituir a minha família vem crescendo, com isso minha vontade de namorar, de dormir com um sorriso verdadeiro, de ter alguém para chamar de meu, também. Passar três dias longe de casa tem feito isso comigo, tem me retransmitindo um sentimento de saudade de algo que eu não tenho, mas que eu conheço. Tem até me feito desejar um ciúme bobo, que eu sempre detestei, mas que às vezes cai como uma luva sobre o ego. E quando chego em casa, cheia de cansaço, desejo além do abraço apertado da mãe, do pai e do filho, um beijo demorado e uma declaração de saudades, talvez seja essa a paz que eu quero.
Sem talvez, cheia de por enquanto...
Por enquanto é o meu desejo, por enquanto é meu aconchego, por enquanto é minha proximidade da distância que me dei, por enquanto é minha chuva e meu sol, por enquanto é meu tudo... No vazio, que não será o nada.
E o interiorzinho onde me escondo, está sendo a fuga do meu interior tão pacatamente desbravado, imensamente tímido e honrosamente sossegado. Se essa família vier, que venha abençoada por Deus, conduzida por Nossa Senhora e cercada de anjos, pois o meu modelo de família é o ideal, dentro de minhas idealizações.
Mas desse modelo, depois eu conto!!

sábado, 11 de fevereiro de 2012

O que eu também não entendo...

Semana retrasada, numa viagem de volta do interior, o ônibus de repente foi obrigado a reduzir velocidade. Como sempre, logo imaginei ser acidente, mas não, era uma passeata em prol das causas gays e trazia o seguinte slogan: "Sou homossexual sim, e daí?"
Se eu pudesse perguntaria "E?". Mas precisei ficar aturando mais uma dessas tantas manifestações sem sentido algum, que para mim acabam por instaurar o rótulo da diferença, que acabam por mostrar que precisamos segregar, mesmo que antes não tenhamos tido essa necessidade.
O pior de tudo é escutar de representantes de alguma instituição, que "abraça" a causa, dizer que os homossexuais são pessoas à margem da sociedade. Como assim? Eu me marginalizo por que tenho orientação sexual distinta de uma outra pessoa? Ah, fala sério!!
Para mim esses tipos de manifestações terminam por ser um tiro no pé, afinal ninguém tem nada a ver se gosto de homens, assim como não tem nada a ver se um homem gosta de outro homem e uma mulher gosta de outra mulher. De minha opção sexual e de minha vida sexual cuido eu, ora! Então, me digam o porquê de eu precisar forçar uma sociedade a mudar seu olhar, porque um gay não consegue sê-lo sem alardear que o é?
E a questão do homossexualismo é histórica, não é de hoje, basta lembrarmos de Baco. O que é de hoje é essa vontade imoral de querer fazer protesto em razão do sexo explícito, pois o que vejo de mais nessas manifestações é exatamente a pouca vergonha da exposição sexual fora de quatro paredes. Entendo que uma manifestação deve ser para garantir direitos e agregar valores, logo o que escapa disso é baixaria - o tal da pedagogia ou psicologia inversa, e o que de menos vejo nessas passeatas, com alcunha de manifestação, é uma bandeira que levante o direito da causa gay. Mas que direitos são esses? Eles já não estão garantidos Constitucionalmente? Afinal, independentemente da orientação sexual um homem não deixa de ser homem, nem mulher deixa de ser mulher. É a reorganização do conceito de família que se quer? Mas, veja bem, conceitos são subjetivos e simbólicos e margeiam a ideia do conveniente. O próprio conceito de língua foi revisto, imagine de família.
Dessa forma, não vejo, por mais que me esforce, razões para entender as razões do slogan supracitado. Ao contrário, cada vez mais me convenço que os próprios gays se discriminam. E se eu não tiver razão, me aponte, por favor, ocorrência de movimentos heterossexuais: não há parada hetero, dia da consciência hetero, cor de dominância e nem lugar para se desenhar uma tatuagem. Simplesmente se é hetero, porque se é e pronto. Quando tento marcar meu lugar para me mostrar diferente, acabo criando a necessidade de olhos diferenciados para mim e isso sim gera preconceito, pois estou autorizando as pessoas a me julgarem diferente delas.
Sem contar que eu não preciso ferrar uma conversa me dizendo hetero, isso não é determinante para que as pessoas se aproximem mais ou menos de mim e nem confirma ou reafirma minha virilidade. Sou hetero, alô vizinhos "sou hetero". Para quê???
E por que os gays necessitam berrar que o são? Por que eles precisam de castilha na escola e lutam para que a rede globo libere o beijo gay? Por que eles precisam se travestir para se marcar como são e como não são? Para mim é necessidade de autoafirmação para se protegerem de si próprio, basta observar a quantidade de gay encubado que sai da casca nessas festinhas, mas que no dia seguinte estão se escondendo com vergonha de si. Ser gay é um direito de quem o é, de quem escolheu essa opção sexual de forma consciente e não deliberada. Por isso, nem um gay será mais gay ou mais respeitado se essas coisas acontecerem, nem terão seus direitos de "manifestação" mais garantidos.
E no meio disso tudo, conversando sobre essa temática, ainda ouvi um amigo homossexual dizer que esses movimentos são "a nova tropicália" e "o novo movimento hippie". Hã? Isso é um movimento? É por isso que vejo cada vez mais meninos e meninas achando a ideia da homossexualidade uma moda, um confronto, uma libertação? Se antes a parada era se drogar, hoje é dar a bunda, ou esfregar as perseguidas? Se há graça eu não sei, nem me interessa, só gostaria de saber o porquê de manifestações tão esdrúxulas, raquíticas e anêmicas? Soa-me sempre como uma bandeira da causa "eu to carente me olhem". Se quando heterossexuais tenho certeza que nunca fizeram campanhas, muito menos propagaram seu machismo controvertido em roupas que o fizessem como tal, em atitudes menos subversas ainda.
Eu respeito e tolero os homossexuais, tenho amigos de ouro que o são, conheço profissionais incríveis que o são, tenho familiares homossexuais, mas não gosto deles pela sua opção sexual, mas sim pelo caráter que tem, isso sim é questão de levantar bandeira.
A liberdade é para a cabeça e não para as ruas!! Ser homossexual é ser antes de tudo dono prioritário de sua própria escolha, sem fazer dela uma propaganda que tem como ser predominate o preconceito dos próprios donos da causa!!!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Educação para mim e para ti!

Não acho clichê afirmar que a educação transforma vidas e acho que quando entidades governamentais promovem campanhas com esse mote é porque sabem o que dizem. Esses meus primeiros dias no interior me causaram uma confusão de sentimentos e uma comoção em prol da causa. Simultaneamente, causaram-me desprezo com certas pessoas que detem a "máquina" do poder na mão, mas que por jogatinas políticas, penalizam quem menos merece: o aluno, que é cidadão, que é humano, que tem, portanto, direitos garantidos constitucionalmente.
Dinheiro para desenvolver educação tem, afinal os Programas são variados e destinam suas verbas para fins específicos, que convergem para o desenvolvimento quantitativo e qualitativo da educação. Mas se olharmos um pouco mais de perto, veremos que o dinheiro é super necessário, porém, mais necessário que ele deve ser a boa vontade humana-profissional de prezar pela melhoria educacional. Ser professor não é somente dar conta dos conteúdos que precisam "ser vencidos". É dar conta da problemática da evasão escolar, da falta de merenda, da falta de carinho, da falta de paciência, da falta de coração. Muitas crianças abandonam a sala de aula, por se depararem com professores medíciores que acham que transformarão às vidas das crianças ministrando conteúdos, que elas nem sabem como e para que usar.
Achava que isso acontecia pela histórica incompreensão da relação (que não é dicotômica): competência e habilidade. Mas não, compreendi nesses primeiros dias que o que falta mesmo é competência e habilidade de alguns profissionais lidarem com realidades tão distintas das suas e mais buscar no aluno as respostas para suas deficiências.
A compreensão de nomenclaturas, diagramas, tabelas, divisões celulares não transformarão nunca a vida de ninguém. O IDEB confirma isso. O que transfoma é a forma com que um profissional trata a educação, que faz com que ela de fato mude vidas, para melhor, é claro.
Espero mudar de opinião, deixar de sentir vergonha alheia devido a professores de botequim e lutar para que a administração escolar medíocre e cheia de puxasaquismo político entenda, que a salvação do mundo é através da educação, por isso ela é direito de todos.
Talvez por isso, ela seja tão negada, pois nada torna as pessoas mais esclarecidas que o conhecimento!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Defeitos meus!

Sou impulsiva, do tipo de a vontade bater na cabeça é levar para a realização. Sei das consequências, mas a angústia da dúvida é meu tormento, razão pela qual vou e faço. Sou uma impulsiva do bem, busco correr atrás do que não me causará dor, se bem que acho que nada feito pelo impulso seja gratuito.
Também sou individualista, não confudir com egoísta. Gosto do meu espaço, dos meus benefícios, de meus sonhos e isso me impede de viver certos relacionamentos. Primeiro eu, depois os outros. Divido o pão nosso de cada dia sempre que necessário, ou melhor, sempre que sou convocada. Não tenho obstáculos quanto a isso, mas sou competitiva com a vida, não consigo ver o mundo evoluir e eu ficar perdido no meio do nada.
Sou resistente, não uma heroína. Insisto, acredito, batalho por algo ou alguém, mas..
Sou rancorosa, detesto que passem por cima de mim, ou ainda que não passem por cima, mas que me desrespeitem, me negem, me mintam, me tirem o sossego... guardo na memória e na primeira oportunidade devolvo as coisas aos seus lugares.
Sou bagunceira, desajeitadamente bagunceira. Meu quarto vira um caos em questões de segundo. Minhas roupas um trançado de cordas, minha cama uma estante impopular. Apenas meus livros ficam lindos em seu explendor. Acho, às vezes, que até minha vida se bagunça um tanto.
Sou distraída, impaciente e indecisa por natureza. Perco as coisas em questão de segundo, não tenho paciência com decisões, meias verdades e coisas pela metade. Minha indecisão é uma aliada da minha impulsividade, pois quando ela grita é porque devo conter meu impulso.
Sou preguiçosa e presunçosa. Acho que esses adjetivos são autoexplicativos.
E sou gulosa, se pudesse vivia comendo, comendo, comendo...
Às vezes sou soberba e uma pecadora moleca, pecados aos olhos humanos e uma delícia  às questões da carne. Contida, na maior parte do tempo, é certo!
Já me vendi tanto positivamente, que vi a necessidade de outros olhos sobre mim. Mas tal qual uma balança precisamos de equilíbrio e esses defeitos aí, podem ser apoio para que as qualidades não se tornem  clichês. Mas de tudo o certo é que "A alegria do pecado às vezes toma conta de mim e é tão bom não ser divina"