sábado, 11 de fevereiro de 2012

O que eu também não entendo...

Semana retrasada, numa viagem de volta do interior, o ônibus de repente foi obrigado a reduzir velocidade. Como sempre, logo imaginei ser acidente, mas não, era uma passeata em prol das causas gays e trazia o seguinte slogan: "Sou homossexual sim, e daí?"
Se eu pudesse perguntaria "E?". Mas precisei ficar aturando mais uma dessas tantas manifestações sem sentido algum, que para mim acabam por instaurar o rótulo da diferença, que acabam por mostrar que precisamos segregar, mesmo que antes não tenhamos tido essa necessidade.
O pior de tudo é escutar de representantes de alguma instituição, que "abraça" a causa, dizer que os homossexuais são pessoas à margem da sociedade. Como assim? Eu me marginalizo por que tenho orientação sexual distinta de uma outra pessoa? Ah, fala sério!!
Para mim esses tipos de manifestações terminam por ser um tiro no pé, afinal ninguém tem nada a ver se gosto de homens, assim como não tem nada a ver se um homem gosta de outro homem e uma mulher gosta de outra mulher. De minha opção sexual e de minha vida sexual cuido eu, ora! Então, me digam o porquê de eu precisar forçar uma sociedade a mudar seu olhar, porque um gay não consegue sê-lo sem alardear que o é?
E a questão do homossexualismo é histórica, não é de hoje, basta lembrarmos de Baco. O que é de hoje é essa vontade imoral de querer fazer protesto em razão do sexo explícito, pois o que vejo de mais nessas manifestações é exatamente a pouca vergonha da exposição sexual fora de quatro paredes. Entendo que uma manifestação deve ser para garantir direitos e agregar valores, logo o que escapa disso é baixaria - o tal da pedagogia ou psicologia inversa, e o que de menos vejo nessas passeatas, com alcunha de manifestação, é uma bandeira que levante o direito da causa gay. Mas que direitos são esses? Eles já não estão garantidos Constitucionalmente? Afinal, independentemente da orientação sexual um homem não deixa de ser homem, nem mulher deixa de ser mulher. É a reorganização do conceito de família que se quer? Mas, veja bem, conceitos são subjetivos e simbólicos e margeiam a ideia do conveniente. O próprio conceito de língua foi revisto, imagine de família.
Dessa forma, não vejo, por mais que me esforce, razões para entender as razões do slogan supracitado. Ao contrário, cada vez mais me convenço que os próprios gays se discriminam. E se eu não tiver razão, me aponte, por favor, ocorrência de movimentos heterossexuais: não há parada hetero, dia da consciência hetero, cor de dominância e nem lugar para se desenhar uma tatuagem. Simplesmente se é hetero, porque se é e pronto. Quando tento marcar meu lugar para me mostrar diferente, acabo criando a necessidade de olhos diferenciados para mim e isso sim gera preconceito, pois estou autorizando as pessoas a me julgarem diferente delas.
Sem contar que eu não preciso ferrar uma conversa me dizendo hetero, isso não é determinante para que as pessoas se aproximem mais ou menos de mim e nem confirma ou reafirma minha virilidade. Sou hetero, alô vizinhos "sou hetero". Para quê???
E por que os gays necessitam berrar que o são? Por que eles precisam de castilha na escola e lutam para que a rede globo libere o beijo gay? Por que eles precisam se travestir para se marcar como são e como não são? Para mim é necessidade de autoafirmação para se protegerem de si próprio, basta observar a quantidade de gay encubado que sai da casca nessas festinhas, mas que no dia seguinte estão se escondendo com vergonha de si. Ser gay é um direito de quem o é, de quem escolheu essa opção sexual de forma consciente e não deliberada. Por isso, nem um gay será mais gay ou mais respeitado se essas coisas acontecerem, nem terão seus direitos de "manifestação" mais garantidos.
E no meio disso tudo, conversando sobre essa temática, ainda ouvi um amigo homossexual dizer que esses movimentos são "a nova tropicália" e "o novo movimento hippie". Hã? Isso é um movimento? É por isso que vejo cada vez mais meninos e meninas achando a ideia da homossexualidade uma moda, um confronto, uma libertação? Se antes a parada era se drogar, hoje é dar a bunda, ou esfregar as perseguidas? Se há graça eu não sei, nem me interessa, só gostaria de saber o porquê de manifestações tão esdrúxulas, raquíticas e anêmicas? Soa-me sempre como uma bandeira da causa "eu to carente me olhem". Se quando heterossexuais tenho certeza que nunca fizeram campanhas, muito menos propagaram seu machismo controvertido em roupas que o fizessem como tal, em atitudes menos subversas ainda.
Eu respeito e tolero os homossexuais, tenho amigos de ouro que o são, conheço profissionais incríveis que o são, tenho familiares homossexuais, mas não gosto deles pela sua opção sexual, mas sim pelo caráter que tem, isso sim é questão de levantar bandeira.
A liberdade é para a cabeça e não para as ruas!! Ser homossexual é ser antes de tudo dono prioritário de sua própria escolha, sem fazer dela uma propaganda que tem como ser predominate o preconceito dos próprios donos da causa!!!

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