quinta-feira, 31 de março de 2011

Para frente é que se anda, Bolsonaro!

Acompanhando as notícias racistas e homofóbicas do Deputado Bolsonaro, concluí que, ao contrário do que propagandeiam por aí, o MUNDO NÃO É GAY. O que há é uma exacebada e feliz aceitação das diferenças, que nos mostra o quanto somos evoluídos, permissivos, tolerantes e felizes por aceitá-las.
Em meio a tudo isso, porém, sempre vai existir aquele babaca, como Bolsonaro, que vai balançar a bandeira do contra tomando sua atitude como legal. Altruísta, nada esse carinha, que envergonha (mais um) o nosso legislativo. Mas a questão que mais me incomoda nisso tudo é a realidade da impunidade, porque se fosse eu, cidadã comum, que tivesse pronunciado em rede nacional uma asneirice dessa, há tempos já estaria presa por cometer um crime inafiançável.
Mas o idiota, preconceituoso e babaca do Bolsonaro não. Ele está livre, leve e solto para ainda cometer o impropério de dizer que "soldado que vaí a guerra e tem medo de morrer é covarde". Basta! Chacota em cima do que disse por saber da tão reinante impunidade que ocorre no país é pouca. Se o Jader está livre após anos comprovados de roubo do dinheiro público, por que Bolsonaro seria preso por se declarar racista e homofóbico? Não tem explicação! Esse é o nosso Brasil das contradições e das vergonhas.
Bolsonaro precisa entender que não há imoralidade na escolha da opção sexual. Ser hetero ou homo é escolha individual, que não tem a permissão de ser questionada por um cara como ele. Ser gay não é ilegal, imoral, nem engorda... O que é vergonhoso e nojento é saber que há um representante social como ele que deveria ostentar a bandeira por um país sem preconceito, mas que faz exatamente o contrário: fomenta o preconceito e nos coloca mais ainda na terrível condição de país sem educação.
Quanto às suas declarações racistas, só entendendo-lhe como xucro. Que desrespeito, não tão maior quanto o da homofobia. Acho que seus livros de história foram queimados na sua infância, por acreditar que o senhor se esqueceu da força cultural, histórica e social que cada classe, raça, etnia representa para uma nação. Questiono-me, porém, o porquê desse cara condicionar sua cor como algo superior? Superior é ser livre da intolerância, do preconceito, da irracionalidade, é ser inteligente, atributos que ele não tem, comprovadamente.
O negro é a cor do Brasil, da minha cor, da minha alma. E se nossa nação luta incansavelmente contra o preconceito, a título de que esse carinha precisa nos representar no congresso? E o pior: ser integrante da Comissão dos Direitos Humanos e da Minoria? Piada para boi roncar é pouca!
No mais, meu desagrado não é reticente e o Brasil, meu Brasil, não conseguirá deitar eternamente em berço esplêndido tendo Bolsonaro como representante de seu povo. Para frente é que se anda!

quarta-feira, 30 de março de 2011

Sexo não é poesia!

"Silogiando" (olha o neologismo ai gente!) Arnaldo Jabor!

Não sei como algumas mulheres demoram maravilhas de cenários pra descobrir o sexo. Aff! O marido chega depois de 30 anos de casamento e dedicação da sua amada idolatrada e amélia esposa e diz facilmente "Querida, não dá mais, não sei o que acontece, mas nosso casamento chegou ao fim e eu estou indo embora de casa!"
hahaha Não sabe o que acontece?
Receita pronta é que faz comida boa: uma outra mulher a quem ele não enche o saco com meias fedorentas, exigências de horas de pilotagem de fogão para servir almoço e janta, isenção de responsabilidade  em relação aos filhos e preocupações e mais preocupações com contas, contas e contas chegou para se servir desse homem, que presta até sete palmos abaixo da terra.
Após dias inconsoláveis de choros e arremedos e desculpas que ela mesma se da para o fim do que já estava morto há tempos, ela  de repente, a abandonada, se dá conta de que esteve inerte por 30 anos, que o salão de beleza lhe enganou e seu "visu" já não é o mesmo, que suas roupas ai ai ai, prefiro não comentar, e o sexo - quando tinha- só era o feijão com arroz de sempre. Nada de aventuras inesquecíveis e q provocavam rubras lá do início do namoro.
Ai, a mulher despiroca! Corta o cabelo e o loiro escancara. Suas roupas, PECHINCHA já. Passa a frequentar os bailes de sábado à noite, se toca que existe mais homens interessantes do que aquele ridiculo que lhe abandonou e descobre provando aqui e ali que sexo existe e é bom, bombástico e que 30 anos aquele FDP lhe roubou!
Já não tem mais aqueles patéticos conselhos, descobre q aconselhava e se metia em coisas que nem conhecia. Camisinha, ah... parceira ajuizada!
Mas pq esperar que um casamento se vá para descobrir que está viva. Acho que é ai que reside o grande e fatal engano da felicidade.
Algumas pessoas se dedicam tanto aos outros que acabam esquecendo de si, dedicam-se à paisagem na janela e veem o inverno passar e chegar passivelmente. Pq não descobrir um colírio antiilusório e perceber que existe vida após o casamento.
Se o homem não topa lhe fazer irremediavelmente feliz, dar-lhe prazer nas horas não vagas, ser seu parceiro conquistador e galeante de antes do casamento, ah, queridinha, não seja  a mulherzinha que ele quer lhe fazer. Valorize-se e faça questão de se lembrar que a fila anda, para cegas, mudas e surdas também! Não espere que o abate venha de cima, junte as malas, pinte o cabelo, va para a balada e descubra que o mundo é muito mais do que seus olhos podem ver.
Por isso, Mulheres, amadas, acreditem: fazer sexo faz bem aos rins e aos dentes também. Não deixem que canalhas lhe roubem 30 dias, muito menos 30 anos.Sejam mulheres amadas e felizes sempre, dediquem-se a vcs e depois a eles e exijam reciprocidade, sexo de verdade para terem pele saudável e sorrisos lindos, sempre!
Lembrem-se que não somos os mesmos e nem vivemos como os nossos pais!

Bjocas a todos!

domingo, 27 de março de 2011

Velha infância colorida

Todos os dias ao acordar e me olhar no espelho tenho a sensação de que não envelheci, mas também carrego a incrível sacada de que o tempo só me fez bem, entre tantos que ele poderia me fazer.
Mas hoje rememorando meus álbuns (aqueles mesmos dos pesadelos da Clau e da Paulinha), angustiei-me do quanto perdemos um pouco de nós as duras caminhadas e piruetas que o mundo da.
Não sou mais a adolescente de cara cheia de espinha e dentes de causar inveja à Mônica do Maurício de Souza. Minha aparência é outra, melhorada, simpática até... E minha disposição de encarar a vida é outra também, só que piorada. Olhando as fotos foi inevitável não me deixar levar pelas loucuras que eu me permiti fazer. Minha mãe sempre tão controladora e desesperada, me proibia de quase tudo, restava-me, então, as escapadas, que não foram poucas, confesso.
Imagina chegar à escola e não ter aula, logicamente isso significava ter que voltar para casa e encarar as tarefas domésticas. Mas comigo não, vez ou outra escapavamos rumo ao Cotijuba, putz, isso mesmo era pura loucura, pura aventura. E sempre, sempre mesmo, valia à pena.
Hoje minhas aventuras são reduzidas, miúdas, não consigo se quer me oportunizar a mudar de vida, sair da barra da saia da mamãe, de onde eu sempre tentei escapar. Recebi uma proposta de emprego louca, oportuna demais e, simplesmente, terrível, pois aceitá-la significa mudar de cidade, de casa, de lugar favorito, de hábitos... Significa formar novos amigos, sofrer novas decepções, criar novos sabores e cores. E daí? E daí que não sou mais a adolescente destemida, que encarava qualquer desafio, qualquer desavença, qualquer aventura.
Crescer significa mudar. Significa deixar-nos pelos caminhos e encarar que dói sim estar ficando velha. Crescer dói, como agora entendo isso! E eu faço planos, planos de gente grande, se antes eu não os fazia como consegui chegar até aqui? O que significou para mim a caminhada? Entender que fica um pouco de nós nos caminhos, só isso? E o que trouxemos dele? Desesperança, desamor, medo, lágrimas?
Trouxemos de tudo um pouco e deixaremos mais de nós pelo caminho do que possamos imaginar. Numa tentativa de querer vencer a barreira do futuro, encostada na cama perguntei-me o que restará de mim se eu deixar que tudo que é meu fique pelo caminho? Restará a Aline que a adolescência roubou! Restará a Aline, pequena, grande, medrosa e destemida! Restará a Aline que hoje está se deixando render pelo passado de grandes novidades.
Eu não posso me recolher e simplesmente dizer eu fui. Preciso me recolher e dizer EU SOU! Não quero que me passado seja tão forte ao ponto de apontar e administrar meu medinho de viver a vida.
Eu mudei. Hoje divido minha cama de casal não mais com uma boneca de pano velha e arrepiada, divido com meu filho. Tenho história, tenho aventuras, sou feliz. Tenho moda própria e imprópria e a  terrível sensação de que nada mudou, de que minha vida ficou presa alí numa grata fotografia...
Sair dela e querer ser linda, cheia de pose, com telefone tocando e a irremediável embriaguês tão necessária as mulheres de fibra seja uma verdade.
Quero dizer quem fui e sou. Quero dizer que li Frida Kahlo e conheci a Claudiana. Quero dizer que amei Cecília Meireles e a ali estava a Marla Danielle. Quero dizer que chorei com a generosidade de Zilda Anrns e de minha mãe. Quero dizer que contemplei Raquel de Queiroz e a Paulinha. Quero dizer que fui feliz e sou a Aline, nem tão perdida, nem tão humana, nem tão nostálgica, mas a mulher que eu sempre sonhei ser... senão que história me conduziria até aqui?
A fotografia me mostrou minha trajetória surreal e porra louca. Olhá-la me devolveu o gosto pelo viver, as lágrimas de saudade e o sorriso que carrego no meu mais singelo aceite musical... Eu vou, estou aqui, eu quero... "Se chorei ou se sorrir, o importante é que emoções eu vivi" É assim que quero chegar quando os dentes se forem!

Comendo um delicioso creme de morango!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Eu, Você, Nós: tudo junto e misturado

Já entendi que somos atravessados por vários discursos e interpelados pela ideologia. Já entendi e concordo! Definitivamente, é essa luta de classe que instaura em nós o sujeito que somos, sujeito enquanto indivíduos, e revela nossa filiação social. Entendi e concordo plenamente, e não concordo a duras penas... É fácil enxerga isso, o problema é convereter para um discurso científico.
Mas não é problema converter para uma experiência humana empírica!
Não gosto de rotular as coisas, é muito trivialidade achar que conhecemos e podemos fazê-lo. Julgar? Bem, assim como somos comumente julgados, julgamos aos outros, às vezes de forma cruel, às vezes por pura diversão. É difícil fazê-lo, pq qdo eu digo o que não gosto no outro, revelo aquilo que sou e tomo como certo minha visão de mundo.
E o egocentrismo atravessa a passarela. A visão binária como propôs Nietzsche: certo/errado, verdade/inverdade, ciência/ideologia... Defendo aquilo que acredito, da classe social em que estou inscrita, é asim, é fato.
Saindo do campo da ciência e retomando minha experiência humana: no meio de todos esses passeios vemos pessoas pertencentes a uma determinada classe lutarem para se desvencilhar dela, sem ao menos conseguir. Negar é uma forma de pertencimento!
Sinceramente isso me enoja (estou julgando, se ainda não me fiz clara). Certas coisas são tão evidentes nos comportamentos das pessoas que a tentativa de negar, extravia o caráter. É o típico caso de querer ser aquilo que não sou, mas tomo pra mim o do outro e me asseguro de que ele sou eu.
Por exemplo: não se é naturalmente carismática, mas atua-se para que seja, porém nessa luta cria-se círculos de pessoas que vão e vem de forma impressionante, mas nenhuma fica. Implora-se a amizade do outro sem a validade de que seja uma boa amizade, insiste-se para tê-la apenas para dizer a que grupo se pertence. Existe coisa mais triste? Toma-se o discurso hegemônico de que toda mulher precisa casar e se diz que as que são livres podem ser atestadas sobre qualquer julgamento, não ao machismo! Toma-se o pensamento burguês, e se age tal qual um alpinista social, que vende a alma para não perder a pose. Essa é a burguesia que fede! Invoca-se o discurso religioso, mas desencontra-se com os preceitos da religião. Levanta-se certas bandeiras das frases bonitas, mas o discurso ideológico que lhe interpela é o da imbecilidade.
É, ainda bem que isso não é contagiante! Ainda bem que somos influenciados pelas classes e não pelos indivíduos "individuais".
Algumas pessoas me cansaram, outras me enjoaram, mas outras me fizeram felizes demais. A questão é que preciso manter todos por perto - infelizmente - porque preciso lembrar-me daquilo que não sou e nem quero ser.
Sou pobre, mas sou feliz!!!

Com um danone de chocolate me fazendo aquele mal!!

sábado, 19 de março de 2011

Até que o impossível nos repare

Ah, o sábado!!
Sereno e intenso. A programação que eu me dei não rolou, mas a que eu estou há tempos vibrando para que aconteça vem com tudo e não está prosa: Casa D'Noca... E em homenagem a isso, digo não a casa da sogra!
Bem, vamos detalhar as emoções. O que fazer quando o assunto é ex que decidiu se habilitar novamente? Depois de trancos, barrancos, barracos e de pedras atiradas é isso que eu espero? É isso: que ele venha silencioso, sibiloso e me abocanhe vorazmente? Não, isso se chama falta de amor próprio...
Só eu sei as dores que senti, quantos quilos perdi e as rugas que ganhei. Havia noites que meu peito doía de solidão e humilhação. Enquanto amamos queremos que as coisas se resolvam ainda que para isso seja necessário amar somente o outro: quem nunca pensou assim que atire a primeira pedra! No afã do desespero é apenas a calmaria que orienta nossa vontade e esperança de que "ele vai mudar e tudo vai se resolver".
Sou amante de sonhos. Gosto de esperanças. Gosto de minhas decisões singulares. Amo ouvir a voz da razão, da minha razão. Por isso o que me instiga é pq agora? Ele me parecia tão bem! Eu me cuidei, sou outra, ainda pela metade, mas tão inteira e dona das minhas razões que hoje não preciso marcar o caminho para saber voltar pra casa. Tenho sim o sonho de um amor, mas não de verão. Esperanças de ser feliz com aquilo que posso me proporcionar e prometi dentre tantas dores que carreguei no peito que nunca mais, isso mesmo NUNCA MAIS alguém ia fazer eu me perder novamente.
Se pensar assim é cruel, paciência, que eu seja cruel, mas como diria o filósofo Zeca Pagodinho "O dono da dor sabe o qto dói" e eu mais do que ninguém sei pelo que eu passei.
É claro que não só de coisas ruins vivi com ele. Fomos intensos em tudo que vivemos, rolamos de rir, partilhamos segredos e viagens e sonhos, fomos a festa, brigamos por ciúme, nos embriagamos juntos e nos demos bem... Tomamos banho de mar e rio. Perdemos o fôlego e a razão e o juízo, fizemos o Victor (meu mais preciosos presente de Deus), mas nada dissso foi tão forte e significante que não o fizesse me querer bem qdo eu mais precisei.
O que sei é que hoje eu preciso voar, to ensaiando minhas asas, meu perfume, meu olhar. Eu insisto no brilho nos olhos e no frio da barriga, quero o telefonema surpresa e o olho no olho.Não quero um encontro mágico, quero apenas me sentir com a cabeça nas nuvens e os pés no chão. Sou mais do que livre e qdo eu tiver algo que defina essa minha forma de viver, eu digo que voarei mais alto do que puder!

To comendo um deliciosos chocolate de cupuaçu

terça-feira, 15 de março de 2011

Segundinha de pura emoção

Ontem a minha queridíssima segunda começou com ares de sexta. Foi tão intensa, tão intensa que hoje amanheci com ressaca. Pode?
Bem, na verdade o prenúncio de sua intensidade se deu ainda na sexta que a antecedeu com resultados divergentes da seleção de bolsista do mestrado. Os componentes das bancas optaram por uma avaliação subjetiva e se lascaram, pq isso deu margem a diferentes avaliações, favorecendo-me, claro! Um dos compomentes da banca, do alto de sua arrogância, optou por não me ouvir, não me atender e disse que eu perderia a questão lá. Bem, então o jeito foi eu ir ao Ministério Público Federal, denunciei, fiz o carnaval e agora espero que eles tirem suas fantasias, pq eu to na área. Não devo nada a ninguém e quanto a minha boa fé, jamais eu permitirei que seja colocada em dúvida, jamais!
Só sei que desde às 7h corri, sofri, vibrei, pq no final eles tiveram que da a cara a tapa e me concederam a bolsa por esatrem acuados em medos que eu nem quero comentar. É isso!
Na hora do almoço, eu e a Claudiana tomamos 500ml de chope, não nos damos respeito, isso é certo. Mas é certo tb que eu gosto demais dessa moleca pq ela tem o mesmo gosto pela vida que eu tenho. Não gostamos do morno, somo intensa, moleca doida, somos nós sem máscaras e contradições.
Hoje to flutuando, mais uma noitada vem aí... amanhã falarei dessa minha amiga! Ela eu mostrarei, irei publicizar sua face hehehehe

Vou almoçar e tomar aquele açai especial.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Cadê meu namorado que estava aqui?

Ai, até que enfim FELIZ!!! Eu merecia isso...
Hoje estudei com meu grupo de estudos em casa, foi perfeito e "obsceno", imagina tive que desconstruir uma ideia pronta, fechada e perfeita. Não entendi errado, só fiz outra leitura - palavras do Thomas.
Bem, mas não foi isso, aliás, só isso que me deixou feliz. Hoje tomei uma decisão radical, é claro que me conhecendo do jeito que me conheço, inconstante do jeito que sou, amanhã posso tornar essa decisão um estranho sabor de sopa de mocotó congelada: péssima!
Decidi que "a saudade é nossa alma dizendo pra onde ela quer voltar" (Rubem Alves). É isso. Decidi voltar para o lugar de onde eu nunca saí por inteiro. Eu sempre fui entrega, coragem, toque e alma. Mas de repente estou eu aqui circulando pela metade, entregando-me ao evitável, circulando por apologias, topando com o escuro. Justo eu? Justo a Aline?
Estou com saudades, assumo. Ela não me enlouquece e, embora contraditório, não domina minhas decisões. Só quero correr o risco, quero pular de paraquedas, quero ir e dizer "to aqui e agora?". O que sei é que estou com saudades e ela me aponta pra lugares que eu já conheço: sofríveis e prazerosos. Não custa olhar pra trás e ver que apesar de tudo de ruim, eu fui feliz.
Cantei músicas ao vento, madruguei na praia aconchegada no cangote, falei horas ao telefone e ao desligar já sentia falta. Imaginei uma vida perfeita e não imaginei vida nenhuma, queria só viver. Trocamos receitas, ganhei um exclusivo bolo de chocolate, um sequestro para o cachorro quente, a sopa de feijão maravilhosa e a nega maluca insubstituível no fim de um dia de trabalho.
Tentei ser feliz, mas é certo que essa busca louca me empurrou a viver "passionemente".
Coloquei a emoção acima da razão. Esqueci que cultivava um singelo amor que custou a passar. Fui corpo e alma. Fui aquilo que sou. Não o amo mais é certo, mas hoje olhando para trás sei que valeu à pena a chegada e a saída, os olhares, o affair roubado, as trocas e a entrega. Minha alma quer voltar, estou com saudades.
Quero sentir o cheiro da brisa da tarde que só quem está enamorado sente. Quero a ânsia da espera, o abraço verdadeiro da chegada, o olhar com o brilho intenso pela intensidade, quero o medo da perda e a dúvida do depois. Quero isso, mais isso e só isso!
Quero voltar atrás e dizer o que eu ocultei, mas acreditei piamente: não quero namorar tão cedo!
Voltei atrás: a saudade de tudo que eu vivi me mostra que vale à pena e que aquele apaixonante discurso "podem até me empurrar de um penhasco que vou dizer 'e daí? Eu adoro voar'" é retórico, então estou com saudades de namorar, é isso!
Assumir isso me fez bem, devolveu-me o apreço pela conquista, pelo frio na barriga, pela saudade mais doce... Mas hoje ele (quem quer que ele seja) precisa aceitar a Aline que ele não conhece, mas que é a melhor Aline que eu já conheci, a Aline que viveu o que precisava viver, só que essa descrição fica pra depois... Agora mesmo eu preciso é voar!

Deliciando-me com um serenata do amor!!!

segunda-feira, 7 de março de 2011

Que bom, que me sobra o humor!

Hora das máscaras

Hoje está sendo um dia típico. Segunda feira com a cara de todas as outras:uma delícia. O atípico é que em sua configuração natural, é uma segunda feira alterada, pois ela não é início, mas o meio de uma folia desregrada.
Nossa, como já gostei de caranaval, como já trajei e ultrajei tantas fantasias, porém hoje não dá, definitivamente não dá. O carnaval não desce e nem sobe. Não há nada de novo: são as mesmas fantasias, as mesmas propostas, as mesmas folias e a mesma violência. Somos atacados por pessoas que ultrapassam qualquer noção de folia. Sinceramente acho que algumas pessoas são o que declaram e liberam nessa época.
Já fui Alice, mulher maravilha, travesti... já fui e cá estou. A Alice teria eu a escolhido pq vivo num mundo dos sonhos, num mundo imaginário, pq desejo um mundo que não me cabe? Será que a mulher maravilha é uma antítese de minhas fraquezas? E esse travesti será uma fantasia rebelde da mulher que eu gosto de ser e foda-se o resto?
Ah não, preciso rever meus conceitos. Pq eu tenho essa inquietante mania de achar que não agrado ninguém? Pq vivo submissa a essa terrível luta de querer ser aceita onde talvez ninguém me queira?
Pode ser ilusão minha relação com as pessoas, mas acho que me afeiçoei tanto à solidão que hoje pago o preço por isso.
Durmo um sono inquieto, sinto tudo desabar e acordo atordoada. Quero uma cerveja e choro ao final da noite ao saber que o álcool foi pura ilusão. Estou só e isolada e desolada. Preciso de psicólogo? Psiquiatra? Ou de uma boa dose de ilusão pra essa minha realidade distorcida?
Sei lá... só sei que estou enlouquecendo e algumas coisas contribuem para isso.
Meu alívio emocional se esgota, por hora, aqui nesse blog. Qdo estou escrevendo sobre mim, sobre essas coisas fico bem, sinto um cansaço de um fardo nas costas sendo retirado. Não sei conversar sobre essas coisas com ninguém, não sei iniciar sem delirar, sem me retrair, sem me envegonhar, sem querer chorar.
O que me derrota mais é saber que eu to onde gostaria de estar. E o que me falta? Ou o que me sobra? Aproveito as oportunidades que me dão, luto por elas com toda minha força, rio do inevitável, rio do que não é pra rir, tenho amigos que sei que posso contar, pais maravilhosos que me apoiam, um filho que é mentor de minha felicidade e vivo assim...
É... eu preciso de ajuda,pq to enlouquecendo!
Preciso parar senão vou pirar!!!
To desforrando tudo na comida, daqui a pouco desço a escada rolando hehehehe

sábado, 5 de março de 2011

Elétrica e com o vento a favor

Estou com uma ansiedade indescritível. Estou elétrica, não sei porque!
Já escrevi bastante, fiz excelentes reflexões, almocei deliciosamente bem, tomei banho, assiti a um filme e... estou elétricaaaaa!!!
Não consigo parar quieta. Sentada aqui escrevendo neste blog, meu pensamento está a mil por hora, querendo algo que nem sei o que é. Parece coisa de doida.
Será que é a necessidade de uma cervejinha, ou o sábado que chega arrebatador? Ai, sei lá... não sei se foi o convite inesperado, a anisedade para chegar quarta, as emoções da novela, o prelúdio de uma conversa refinada antes de dormir, ai sei lá!!
Essas coisas são estranhas, diria até que sobrenatural.
Bem, vou rezar um pouquinho e pedir ajuda,pq estou precisando!

Comendo um delicioso sonho de valsa e escutando Folhetim na voz de Luiza Possi

sexta-feira, 4 de março de 2011

Músicas para o ouvido...

Ontem escutei a trilha sonoro de insensato coração, nossa um presentão algumas escolhas musicais que estão ali: músicas para o ouvido!
Foi exatamente esse "compêndio" musical que me fez pensar nos outros sons que estão me embalando no momento:
  • Maria Rita
  • Vanessa da Mata
  • Diogo Nogueira
  • Maria Gadu
  • Roberta Sá
  • Marcelo Camelo (em versão solo)
  • Paula Fernandes

Cantores legais, autorais em sua maioria, músicas envolventes, mas que me transparecem a terrível sensação da plasticidade musical com que somos tomados ultimamente. O puro comércio!

Ouvir Nana Caymi, Ângela Rô Rô, Maria Bethania, Bebel Gilberto, Gil, Milton Nascimento, Dori Caymi, Cartola, Vinícius, Tom, Renato Russo, Cazuza, Ira, Hebert Viana, enfim me enlouquecem. Música de qualidade e atemporal. Esse povo todo resistiu ao comércio e insiste na qualidade musical, perfeita, delirante, música para os ouvidos...

Mas como todos precisam trabalhar, que ao menos as músicas dessa galera nova possam ser mais superiores e menos manobradas, manipuladas, superficiais, que contem não um conto, mas uma história...

Correndo para a cozinha para saborear uma deliciosa macarronada

quinta-feira, 3 de março de 2011

Quando eu tive meu filho precisei parar de estudar por um semestre. Qdo eu voltei, foi um parto: difícil, não conseguia ter ritmo, "tudo" era novo pra mim. Meus amigos tinham cometido o ultraje de não parar os estudos comigo (que absurdo dizer isso), estava desnorteada diante de uma sala que me olhava, mas não me via. Não conseguia entrar em grupos, pois sempre já estavam completos; não conseguia ter colegas de estudos; não conseguia discutir textos e materiais, enfim, foi uma luta sem tamanho.
Mas eu precisava seguir, precisava superar, precisava descobrir um jeito de me entrosar... e consegui. Refiz amigos e descobri que poderia ser uma execelente aluna, ainda que os outros alunos não me dessem atenção. Consegui amizades valiosas de professores que perceberam meu empenho e minha vontade de aprender. Com eles partilhei dúvidas, livros e conversas triviais.
Hoje, sei como isso foi importante, pois tinha um bebê que precisava de mim, mas que abençoadamente era tranquilo demais e me permitiu continuar meus estudos. Fui à especialização e hoje estou no mestrado. Nesse percurso todo trabalhei fora, cuidava de "meu lar", estudava e sou mãe em tempo integral e ainda tenho vida social.
O que me fez pensar nessas coisas hoje?
Bem, participo de um grupo de estudos, que está repeleto de gente descomprometida. Como é que pode uma discussão prevista a 2 semanas e ninguém se apresentar para discutir o texto? Nossa, um absurdo, uma falta de valor por si e pelo coordenador do projeto. Participa para dizer que vai?
Não estou querendo julgar - embora já esteja fazendo, mas foi oportunizado participar ou não, e decretadao que deveriamos mergulhar na proposta de estudos, exatamente o que elas elas não estão fazendo. Conheço algumas dali e perceber que falta apreço pelo estudo, envolvimento com ideias e doação naquilo que está envolvido, é pura sacanagem.
Sempre fiz o melhor daquilo que tomei pra mim, seja fácil ou não e acho intragável ver tanto desprezo por aquilo que pode transformar a vida de alguém. É chato pensar como eu penso, radical, talvez, mas passei por tantas para estar aqui, que tenho vontade de sacudir-lhes e dizer aproveitem, pq vcs podem ser testadas e tudo cooperar para uma não continuidade.
Desejo-lhes uma modificação, uma iluminação, uma inspiração e que possam, enfim, mergulhar no profundo desejo de vencer na vida com esforços!
Deliciando um club social recheado de tomate e orégano... delícia