Ai, até que enfim FELIZ!!! Eu merecia isso...
Hoje estudei com meu grupo de estudos em casa, foi perfeito e "obsceno", imagina tive que desconstruir uma ideia pronta, fechada e perfeita. Não entendi errado, só fiz outra leitura - palavras do Thomas.
Bem, mas não foi isso, aliás, só isso que me deixou feliz. Hoje tomei uma decisão radical, é claro que me conhecendo do jeito que me conheço, inconstante do jeito que sou, amanhã posso tornar essa decisão um estranho sabor de sopa de mocotó congelada: péssima!
Decidi que "a saudade é nossa alma dizendo pra onde ela quer voltar" (Rubem Alves). É isso. Decidi voltar para o lugar de onde eu nunca saí por inteiro. Eu sempre fui entrega, coragem, toque e alma. Mas de repente estou eu aqui circulando pela metade, entregando-me ao evitável, circulando por apologias, topando com o escuro. Justo eu? Justo a Aline?
Estou com saudades, assumo. Ela não me enlouquece e, embora contraditório, não domina minhas decisões. Só quero correr o risco, quero pular de paraquedas, quero ir e dizer "to aqui e agora?". O que sei é que estou com saudades e ela me aponta pra lugares que eu já conheço: sofríveis e prazerosos. Não custa olhar pra trás e ver que apesar de tudo de ruim, eu fui feliz.
Cantei músicas ao vento, madruguei na praia aconchegada no cangote, falei horas ao telefone e ao desligar já sentia falta. Imaginei uma vida perfeita e não imaginei vida nenhuma, queria só viver. Trocamos receitas, ganhei um exclusivo bolo de chocolate, um sequestro para o cachorro quente, a sopa de feijão maravilhosa e a nega maluca insubstituível no fim de um dia de trabalho.
Tentei ser feliz, mas é certo que essa busca louca me empurrou a viver "passionemente".
Coloquei a emoção acima da razão. Esqueci que cultivava um singelo amor que custou a passar. Fui corpo e alma. Fui aquilo que sou. Não o amo mais é certo, mas hoje olhando para trás sei que valeu à pena a chegada e a saída, os olhares, o affair roubado, as trocas e a entrega. Minha alma quer voltar, estou com saudades.
Quero sentir o cheiro da brisa da tarde que só quem está enamorado sente. Quero a ânsia da espera, o abraço verdadeiro da chegada, o olhar com o brilho intenso pela intensidade, quero o medo da perda e a dúvida do depois. Quero isso, mais isso e só isso!
Quero voltar atrás e dizer o que eu ocultei, mas acreditei piamente: não quero namorar tão cedo!
Voltei atrás: a saudade de tudo que eu vivi me mostra que vale à pena e que aquele apaixonante discurso "podem até me empurrar de um penhasco que vou dizer 'e daí? Eu adoro voar'" é retórico, então estou com saudades de namorar, é isso!
Assumir isso me fez bem, devolveu-me o apreço pela conquista, pelo frio na barriga, pela saudade mais doce... Mas hoje ele (quem quer que ele seja) precisa aceitar a Aline que ele não conhece, mas que é a melhor Aline que eu já conheci, a Aline que viveu o que precisava viver, só que essa descrição fica pra depois... Agora mesmo eu preciso é voar!
Deliciando-me com um serenata do amor!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Corajosamente vivendo...diga-me