quinta-feira, 3 de março de 2011

Quando eu tive meu filho precisei parar de estudar por um semestre. Qdo eu voltei, foi um parto: difícil, não conseguia ter ritmo, "tudo" era novo pra mim. Meus amigos tinham cometido o ultraje de não parar os estudos comigo (que absurdo dizer isso), estava desnorteada diante de uma sala que me olhava, mas não me via. Não conseguia entrar em grupos, pois sempre já estavam completos; não conseguia ter colegas de estudos; não conseguia discutir textos e materiais, enfim, foi uma luta sem tamanho.
Mas eu precisava seguir, precisava superar, precisava descobrir um jeito de me entrosar... e consegui. Refiz amigos e descobri que poderia ser uma execelente aluna, ainda que os outros alunos não me dessem atenção. Consegui amizades valiosas de professores que perceberam meu empenho e minha vontade de aprender. Com eles partilhei dúvidas, livros e conversas triviais.
Hoje, sei como isso foi importante, pois tinha um bebê que precisava de mim, mas que abençoadamente era tranquilo demais e me permitiu continuar meus estudos. Fui à especialização e hoje estou no mestrado. Nesse percurso todo trabalhei fora, cuidava de "meu lar", estudava e sou mãe em tempo integral e ainda tenho vida social.
O que me fez pensar nessas coisas hoje?
Bem, participo de um grupo de estudos, que está repeleto de gente descomprometida. Como é que pode uma discussão prevista a 2 semanas e ninguém se apresentar para discutir o texto? Nossa, um absurdo, uma falta de valor por si e pelo coordenador do projeto. Participa para dizer que vai?
Não estou querendo julgar - embora já esteja fazendo, mas foi oportunizado participar ou não, e decretadao que deveriamos mergulhar na proposta de estudos, exatamente o que elas elas não estão fazendo. Conheço algumas dali e perceber que falta apreço pelo estudo, envolvimento com ideias e doação naquilo que está envolvido, é pura sacanagem.
Sempre fiz o melhor daquilo que tomei pra mim, seja fácil ou não e acho intragável ver tanto desprezo por aquilo que pode transformar a vida de alguém. É chato pensar como eu penso, radical, talvez, mas passei por tantas para estar aqui, que tenho vontade de sacudir-lhes e dizer aproveitem, pq vcs podem ser testadas e tudo cooperar para uma não continuidade.
Desejo-lhes uma modificação, uma iluminação, uma inspiração e que possam, enfim, mergulhar no profundo desejo de vencer na vida com esforços!
Deliciando um club social recheado de tomate e orégano... delícia

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Corajosamente vivendo...diga-me