terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Dizer não ao que é merecido

Um não bem dado enlouquece, encarece e emudece qualquer um. Ainda mais quando o "não" não é habitual em nossas vidas, o que para mim é raro, pois vivemos recebendo "nãos", o tempo inteiro. Mas quem recebe muito sim, quem acha que sempre teve as rédeas das situações, quem sempre silenciou as coisas, quem lacrou a decisão final, quando recebe um não, acha que pode virar a vida de todos de cabeça para baixo, sem parecer sintomaticamente um maluco, não um maluco beleza, mas um maluco tristeza.
E é assim que tenho visto. O "não mexa com o que não é da sua conta", é bem dissonante do "não quero mais você , baby, a fila andou e tudo acabou". Porém, meu bem, o mundo não acabou e nada, absolutamente nada, vai ficar de fora do sistema de rotação e do ciclo do sol, para que você, que nem é um ser humano exclusivo, entre nos eixos. A vida sempre vai continuar, independente dos nãos que você precisa levar, por isso faça-me o favor: cresça e apareça e desapareça, e, por gentileza, não faça do seu mundo um bicho de sete cabeças.
Enquanto você não cresce e brinca com seus monstrinhos ridículos no escuro, bem aqui mesmo no Brasil centenas de pessoas sentem na pele a crueldade da fome, da miséria, do lixo entranhando a dignidade de vida que se leva. Um monte de criança se droga nos sinais, pois receberam pais de merda como herança e nesse sentido nunca saberão o que é infância bem amada, idolatrada, salve, salve! Um monte de gente padece por problemas de saúde que lhe limitam a vida, a moral e a ombridade. Um monte de velhinhos foi abandonado à própria sorte em asilos e ruas, por serem um peso a se levar. Fora os mutilados, os renegados, os fugitivos de guerra, os exilados.
O seu problema é frescura, frustração, desamor... só isso. Ou seja: nada diante desses poucos que citei por aqui. Está com raiva porque foi negado ou trocado? Comece devagar, tome um porre até não aguentar mais (cuidado com o coma alcólico). Vais acordar pior, eu sei e nada estará resolvido. Quebre algumas coisas na sua casa e dentro de você. Chore até não ter mais lágrimas para enxugar. Grite e exorcise o que te amedronta, que eu sei que não é esse desamor ou essa troca, é apenas você, mimadinho, que não cresceu. Desabafe com um estranho, se deixe ouvir no desabafo e se oportunize a mudar, seja forte nessa decisão. Mude de telefone, de email, mas não mude de identidade, as pessoas precisam te reconhecer, porque só para quem te deu o não é que você não importa. Parta para um novo amor, não coma esperança de curar algo, mas com a certeza de que viver coisas boas nos devolvem a paz necessária.
E, por fim, abra a camisa, levante a cabeça e veja a quantas pessoas você deve pedir desculpas, por ter ferido, exposto, trapaceado, essas pessoas vão se emocionar por ter de volta o ser humano que sempre se orgulharam de ter. Inclusive eu!!
Ah, e aprenda que um não educa, engrandece e enobrece. E no meio disso tudo é bom lembrar de Deus, que nunca desistiu de você!!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Memórias de um carnaval bem vivido

Na balsa, voltando de uma viagem a trabalho de Salvaterra, meus amigos ligaram e convocaram: domingo, carnaval na Cidade Velha e todo mundo lá. Era tudo que eu queria, afinal tinha tido uma semana de reclusão aos moldes interioranos e precisava do (re)contato com o profano carnavalesco (que nem é uma época que gosto).
Às 16h partimos rumo à Praça do Carmo, para acompanhar o bloco, que saía porque tinha que sair. Era dança, bagunça, folia, encarnações, cantorias e cerveja. Risos e risos. Pit stop na Portinha para recompor a energia. Não tinhamos pressa, hora marcada pra voltar, conversas melindrosas, nem cara feia de ninguém. Todos sabemos o caminho da alegria e dela fazemos bom uso. Voei carregada pelo Mega e pelo Bruno, dançamos todos agarrados, tomamos banho de chuva e brincamos de jogar água, feito crianças bestas. E como com meu pessoal tem que rolar a saideira, rumamos para o Municipal para tomar meia grade dela.
E toma gelada e toma bagunça e toma risos. E da a sopa e pepsi para a Aline e Augusto, que eles tão mal, a Aline porque tem que dirigir, o Augusto porque tem que tomar jeito. Terminada a sopa e a pepsi, olho para o Augusto e digo "Bora tomar a saideira", foi pra Paulinha morrer de raiva e tufar a cara até chegar em casa. E a volta foi com toda emoção do mundo, daquele jeito que a Aline de vez em quando gosta de dirigir hehehehe Em casa, na hora em que o papai está fechando o portão, o Augusto solta "sua filha é muito escrota", sendo que ele não conhecia meu pai, era a primeira vez que ele saía para farrinha com a gente e eu nem era amiga dele. Será que o povo me respeita? rsrsrsrsrs
Até hoje as histórias em torno desse dia despertam risos e certezas de um dos melhores dias carnaval.
Bem, ontem estive lá, com outras pessoas. Não foi legal, não foi engraçado, não foi divertido. Não teve farra, nem a vontade de tomar uma cerveja gelada. Não teve carnaval, nem folia. Foi tudo assim tão sem graça, que até meu sorrisão estava murcho. Senão fosse a Portinha e as deliciosas voltas aventureiras com a Dany tudo teria sido frio.
Mas apesar do silêncio dentro do barulho, eu estava feliz porque eu haveria de estar sempre!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O lamentável pesar!

É incrível como nós nos perdemos tentando encontrar alguém. E o meu encontrar aqui faz rima com o sentido perdido mesmo, aquilo que você gostaria de encontrar para ter para si. Mas o meu encontrar se deparou com uma deplorável dor, daquela que afaga quando temos uma chance de mudar e emudecer diante das indelicadezas do desencontro, que só nós perdemos a pista. A indelicadeza, porém, quem produziu fui eu, no exato momento em que a insensatez me cegou.
Tentar disputar com uma obsessão é ridículo, imoral, ilegal e engorda. Justo eu que ando com a sensatez aflorada, mas a esperança... ah sei lá!
Ontem, fui dormir mal, como há muito não dormia. A certeza de que eu não merecia ouvir o que ouvi, nem ser tratada tão rudimente como fui me doeram, como há muito não doiam. O sentimento bom, fiel, honesto, grato que nutria por ele pareceu tão sem sentido, tão ingrato ontem, que eu com minha racionalidade super gritando constatei que essas coisas nunca mais irão se normalizar. Ele nunca será meu e isso de alguma forma me devolveu para o meu lugar de paz. São coisas que vão para nunca mais voltar, como a certeza que tem "um velho pescador, quando sabe que é a vez do mar".
Se antes achava que eu nunca iria ser feliz, por nunca poder ter a chance de viver uma história em preto e branco com flores rosas com ele, hoje sei que serei sim, porque posso viver em paz e com minha integridade e moral intocável e limpa. Preservar é moralmente uma forma de ser feliz.
E hoje vou dormir em paz, porque eu me senti liberta, com saudades do meu amor inabalável, mas liberta! E a história de gibi acabou 14 anos depois, sem se quer ter começado!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A menina que comprava livros...

Adoro inspirações literárias, embora delas não seja uma perdida pupila. Não sei rimar, não sei escrever poesias, nem brincar com as metáforas, nuvens e rios. Mal sei me definir. Mas se eu tivesse que me inscrever em algo para me dizer por aí, pediria que vissem meus livros. Estão ali meu gosto pelas aulas de Histórias encantadas, assustadoras e tristes, que me envolvem. Os livros, todos tocados, que são parte de mim, herança do meu filho. São livros para chamar de meus e que sei que não me fazem uma insignificante página de cimento.
Mas um, em especial, me chamou de volta. Não gratuitamente, nem apressadamente, apenas singelamente, dando-me a impressão de que eu cochilei em todas as páginas que li, pois dele falavam e eu vacilava na concordância do que se tratava: A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS.
Lendo uns blogs sobre o Holocausto e Hitller, vi que alguns blogueiros citavam praticamente todos os livros sobre essa temática que eu tenho, como A história de Eva, O diário de Ann Frank, O menino do pijama listrado, A história do livro, A lista de schindler, A rua das estrelas amarelas e A menina que roubava livros. Entrei nos fóruns de discussões e um deles me chamou a atenção, pois todos diziam que o mais sofrido e cruel era o que tratava a história de Liesel Meminger. Achei um absurdo, uma falta de sensibilidade, uma falta de conhecimento. Mas as discussões eram tão calorosas que resolvi retomá-lo.
E acho que a crueldade não foi percebida por mim, devido a poesia com que a morte conta esse livro. A delícia com que as palavras se desenrolam, que deixam o holocausto mais leve e menos denso, mas não menos cruel. Ainda acho que foi a época mais cruel e sem justificativa contra os seres humanos. E só agora entendi o porquê de meus pesadelos e lágrimas quando li os depoismento de Eva.
Vivo dizendo que gostaria de ter tido minha adolescência na década de 80 pela curtição do rock'n rool. Volto atrás, queria ter sido a adulta que sou hoje vivendo na década de 30, pois sei que não me calaria à opressão. Não seria de forma alguma uma Olga, uma Eva, muito menos uma Liesel, mas sei que teria minhas marcas nas costas e na alma, pois seria tão escancarada para a verdade, generosa com o que entendo por sentimento humano e exerçora da compaixão, como sou hoje.
O livro é tão lindamente contado, que às vezes até me parece um abraço. Um braço na história, dentro de uma história. Por isso, nnehuma crueladae praticada por Hitller pode ser esquecida pelas manobras podres do ser humano. A história aconteceu e precisa ser lembrada!




 Não são as minhas roupas que me definem, e sim o que eu leio.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

E quem entende?

As coisas não são mágicas, também não são enfeites, muito menos confetes. As coisas são o que são e pronto e ponto final. As pessoas não são acessórios, também não são diversões, muito menos ferramentas. As pessoas são o que são e pronto e ponto final. Exatamente por isso que as coisas e as pessoas devem ser tratadas com a diferença que as unem, que as espreitam e que convergem para a sustentável leveza de quem o é, porque é, porque quer...
Pois bem, há mais ou menos duas semanas que venho recebendo umas ligações esquisitas, umas mensagens desrespeitosas, umas farpas sem sentido. Acho que a pessoa queria me descobrir, mas sem ser descoberta. Porém, ontem à noite, ela esqueceu de tirar o identificador de chamadas (era assim que sempre vinha a ligação) e me ligou com o mesmo velho papo das ligações anteriores. Como eu já tinha o número e já sabia quem era, ao me despedir disse "Boa noite, fulano!", que tomou um susto e disse que eu estava enganada. Precisei alertá-lo de seu erro crucial e ele se desesperou.
Não o xinguei, não me estressei, não me igualei. Mas a razão de ele estar fazendo aquelas ligações foi questionada e respondida, para minha surpresa. Para situar a razão, vou fazer um breve resumo:
Há um ano, mais ou menos, eu e essa pessoa eramos "namoradinhos", mais assim modernos e adultos. Como não tinha nada definido do que eramos, eu  não me via na obrigação de partilhar com ele minha rotina, meus afazeres, minha boemia. Claro, que quando eu ia sair, eu sempre o convidava e vice versa, mas não me prendia nunca, como disse não tinhamos nada definido. Ele agia da mesma forma. O que era normal.
Um dia ele me convidou para comermos algo e durante nosso papo ele me disse que eu era livre demais, e seu comportamento em relação a mim mudou quase que simultâneo com essa afirmação. Era como o meu "livre demais" lhe fosse uma ofensa. Após essa conversa, ele passou a me tratar simultaneamente como uma coisa e uma pessoa. Seus telefonemas pararam e nossos encontros passaram a ser escassos, mas contrariamente a isso, ele passou a me ligar de madrugada para questionar meu sentimento por ele. Até que eu me cansei da palhaçada e antes de desligar o celular nas madrugadas, deixei claro que não tinhamos mais nada, absolutamente nada.
Estava tudo bem, até ontem. Quando lhe questionei o porquê de tantas mensagens idiotas e ofensivas, além de telefonemas ridículos, ele me disse que era porque eu o "deixei falando só". Que ele demorou para entender que ele não sentia só carinho por mim, mas que ele gostava de mim, só que eu sai assim sem pedir licença, dar explicação, ou uma chance. Agora me diz: um cara que gosta de uma pessoa, para conquistá-la, precisa machucá-la? Para mim, isso é outra droga.
Ele estava porre, talvez nem se lembre das coisas que me disse, do convite que me fez, do pedido que me lançou. Talvez não lembre da situação que ocasionou meu afastamento. Talvez não entenda que algumas pessoas vão embora depois que cansam de um falso relacionamento. Talvez não entenda que as pessoas precisam se sentir pessoas e não coisas. Talvez não entenda que ninguém é enfeite, acessório ou confete. Talvez não entenda que as pessoas precisam estar em nossas vidas por uma razão e nós precisamos lhe fazer bem, porque senão elas vão embora, como eu fui.
Ele me perguntou se hoje eu o namoraria (pergunta que era para ser feita há um ano) e eu disse que hoje não, porque já sei de mim em relação a ele e sei quem eu sou para ele: uma coisa e uma pessoa!
E é foda quando eu me sinto assim, porque eu dou as costas e não olho para trás. E quanto a eu ser livre, que pecado há na liberdade bem vivida?
E ele só tem 46... maduro? Só sei que ele é uma prova quem maturidade nem sempre chega com a idade.
E a insistência cessará? Não sei...

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Salve, o amor!

Eu sempre achei que eu fosse muito errada quanto ao que eu concebia como relacionamento. Achava que minhas exigências pessoais e as escolhas que eu precisava fazer por mim e para mim eram absurdas e pertencentes a pessoas intergaláticas. Até eu compreender que não, que a forma corajosa (assim eu a intitulo) com que eu penso o amor, se chama sensatez e falta de coerência, assim tudo junto e misturado. 
Primeiro não consigo aceitar traição como normal "vc vai deixá-lo pq ele lhe traiu, ora, mas todos traem" comigo não funciona. Se a pessoa que está comigo me trai é pura e simplesmente porque eu não a completo, porque eu não sou suficientemente inteira e por isso ele procura fora. Eu preciso completar e ser completada na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na miséria, e esses juramentos não precisam ser ditos aos pés do altar, mas quando se sela um relacionamento.
Assim como não consigo achar amor numa vida de mentiras, conflitos e incertezas. Um casal que fingi para os outros uma vida que não lhes pertence, não consegue fingir para si e por isso as divergências passam a ser patrimônios conjugais. Há mais desamor do que amor, inevitavelmente.
E amor para mim está na paz e não no conflito. No companheirismo e não egoísmo. Na compreensão e respeito, como alicerce. Está na risada escapada, na lágrima compartilhada, no abraço apoiado, no chegar e ir livre. O amor não aprisiona, não impõe, nem se impõe, porque senão não é amor.
Portanto, queridos, tudo que escapa desses princípios não é amor, é outra droga qualquer. E é nisso que eu acredito e creio ser possível viver. Não num mundo do conto de fadas ou dos finais felizes para sempre, ao contrário, creio viver esse sentimento por aqui mesmo no profundo mundo dos mortais.
Pois é, eu acredito no namoro, no casamento, na relação e assim como Tom Jobim acho que "FUNDAMENTAL É MESMO O AMOR, É IMPOSSÍVEL SER FELIZ SOZINHO"

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Um marco na minha história

Caramba! Hoje acordei tarde e em paz. Acordei nas nuvens, feliz assim, com a maravilhosa sensação de quem tira um peso das costas. Uma incrível sensação de quem sabe o que é e o lugar que ocupa no mundo. Com um sorriso moleque escapando sem ter nem porque, rindo à toa pela casa, cantarolando músicas esquecidas no baú da memória.
Em paz! É assim e é isso... Não preciso mais me trancar numa sala com pessoas esquisitas, que parecem acomodadas e largadas a sua própria sorte. Claro que não é por eu carregar essa sensação que algumas lá não sejam muito legais. Conheci algumas que valem ouro em seu caráter e atenção, sensibilidades e amizade, generosidade, então, nossa... Por essas coisas que valeu á pena estar lá.
Mas eu estava sem identidade. Fui por seis longos meses um mero decalque incolor, uma mera funcionária mecanizada pela função, sem impor respeito nem gorjeta. Mas eu fui e não sou mais. E saber que eu fui a responsável por me dar novos ares, move-me e me deixa tão tão feliz!!!
E amanhã será outro dia, graças a Deus, graças a Deus! Minha reestreia como PROFESSORA, uma profissão que eu amo demais..
E eu to tão feliz, dizem que o amor atrai!!!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

A um imbecil não se diz amém

A imbecilidade é inerente ao ser humano. Creio que não há na face da terra quem não a exerça pelo menos uma vez durante a semana. Há aqueles que a exercem diariamente, bem como aqueles que a tem como uma qualidade, embora aos olhos de alguns seja um mero e hostil defeito.
Mas ora, vamos lá, façamos um esforço em prol dos imbecis por natureza. Vamos buscar entender o porquê de essa raça de imbecis merecerem nossa complacência, quem sabe até nossa compaixão, ou até mesmo nossa santa (e perversa) ignorância. Não estou aqui pedindo com o "façamos um esforço" que todos, homens e mulheres, nos animemos em entendê-los, digo mesmo é de nós mulheres, que temos que entender esse tal de sexo forte, se autodizer e se autoachar como superior, quando eles mesmos são uns fracos do miolo mole, ou seja, uns imbecis.
Acalmem-se! Não são todos os homens que merecem tal gentileza, mas os que abnegam-se do direito do respeito por si e pelos outros, ou melhor, outras.
Ligar a televisão nos telejornais locais é se deparar diariamente com alguma mulher espancada pelo marido, estuprada por um mosntro, esganada pelo namorado, humilhada por um patrão. As queixas são intermináveis e as justificativas para tais brutalidades deploráveis, melhor nem ouvi-las. Da vontade de matar um cara desse, sobra-me o julgamento interminável: IMBECIL! Se a justificativa é que ela lhe traiu, a lógica é deixe-a. Se é que ela lhe fez raiva, deixe-a. Se ela lhe enganou, deixe-a. DEIXE-A e pronto. Num mar de mulheres que não lhe agradam existem outras tantas que podem ser uma preferência nacional. Entenda, imbecil, ninguém é perfeito, portanto não é fazendo algo selvagem que a "consertará". Ao estuprador, sinto muito, pode parecer anticristão de minha parte, mas senão à pena de morte, desejo que lhe capem, assim a sangue rio mesmo. Ainda assim, minha opinião é IMBECIL.
Mas existem aquelas imbecilidades mais amena: uma imbecilidade imbecil (redundante, não?), daquela em que não se valoriza uma mulher pela sua conversa, sua integridade de caráter, sua honestidade, sua simpatia com os outros, sua inteligência, seu bom gosto e bom uso do batom vermelho ou rosa. Aquela imbecilidade que cega para um bom comportamento social, por um vestir tranquilo, um papo carismático, um bom gosto musical, uma leitora nata. Que se valoriza uma trabalhadora, uma boa mãe, um bom humor cativante...
E o homem que fecha os olhos para essas qualidades e busca nada em uma mulher é, na minha opinião, o mais imbecil de todos.
É uma mulher não merece nunca um imbecil do seu lado. E porque entendê-los, pelo simples de fato de nossa superioridade e instinto maternal ter pena dos oprimidos e reprimidos do sexo masculino. Que de forte só tem o apelo frágil.
É isso...

sábado, 7 de janeiro de 2012

Eu sou meu divã!

Ultimamente tenho me apoiado nessas três reflexões para me autojulgar, me autoavaliar e, principalmente, me autodizer:
1 - O que você tem todo mundo pode ter, mas o que você é ninguém pode ser (Clarice Lispector);
2 - Quando tudo nos parece dar errado, acontecem coisas boas que não teriam acontecido, se tudo tivesse dado certo (Renato Russo); e
3 - O dono da dor sabe o quanto doi (Zeca Pagodinho).

Quando em janeiro do ano passado tomei a decisão de não dar mais aula, tentei escapar de meu destino, de minha vocação, de minha profissão de professora. Como era bolsista, fiquei durante cinco meses vivendo da bolsa e estudando feito louca. Até aí tudo bem! Mas como sempre fui elétrica e por gostar muito de trabalhar, decidi em junho fazer um concurso para trabalhar numa instituição super conhecida. Esta viria a ser a tomada de decisão mais louca de minha vida, a começar pela mudança brusca de horário e função. Era apenas uma vaga, como eu não tinha nada a perder, fui fazer a prova e passei em primeiro lugar. Que legal, foi minha primeira impressão. Porém, não era nada do que eu sabia e gostava de fazer. Do legal, passou a ser que choque! Mas fui levando, pois a grana era boa, o chefe maravilhoso e alguns colegas de trabalho valiam ouro.
De repente tudo foi se misturando, frustrações com nostalgia; desamor com ambição; humilhação com saudades. Foi então que eu descobri que eu era feliz e não sabia. Eu me dei conta, já no finalzinho do ano, que toda confusão de sentimento era exatamente porque eu tinha perdido minha identidade. Eu me perguntava constantemente quem eu era e eu nunca tinha resposta. Eu não era ninguém! Então a grana boa que aquele emprego me oferecia passou a não ter tanto sentido e nem a produzir os mesmos prazeres, vi que "O que você tem todo mundo pode ter, mas o que você é ninguém pode ser". Decidi devolver a minha identidade, pois niguém mais faria isso por mim, que eu dependia disso para ser feliz.
Claro que a decisão não era da mais fácil, já que eu tinha a segurança de ser concursada. Porém, ouve a mudança de diretoria e a passei a sentir o peso da mudança que recai quando uma pessoa recebe um poder, "De poder a uma pessoa e você a conhecerá" caiu como um peso em minhas costas. O mar de rosas, apoio e respeito que tinha do antigo chefe se transformaram numa profusão de sentimentos e atitudes ruins. Foi, pois, a gota d'água. Chorei, dormi angustiada e depositei nas mãos de Deus minha decisão. Dois amigos, anjos de Deus, vieram e resolveram meu problema e me devolveram minha identidade. Professora de novo! Disse isso com um orgulho tão gigante, que nem sei explicar. Compreendi que "Quando tudo nos parece dar errado, acontecem coisas boas que não teriam acontecido, se tudo tivesse dado certo". Fato incontestável! Assim como compreender que Deus escreve certo por linhas certas, nós é que as entortamos.
E tudo se aliviou, tudo se resolveu, meus planos foram retomados, os sonhos resgatados e tive a certeza de que jamais tentarei escapar do meu destino. Aprendizagem é tudo, afinal "O dono da dor sabe o quanto doi".
Hoje sei que nessa semana fui do céu ao inferno para compreender de uma vez por toda, que eu jamais conseguirei me definir senão por mim mesma. Eu sou meu divã!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

É proibido

É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,

Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos

Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,

Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,

Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,

Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,

Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,

Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,

Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.
Pablo Neruda