Eu sempre achei que eu fosse muito errada quanto ao que eu concebia como relacionamento. Achava que minhas exigências pessoais e as escolhas que eu precisava fazer por mim e para mim eram absurdas e pertencentes a pessoas intergaláticas. Até eu compreender que não, que a forma corajosa (assim eu a intitulo) com que eu penso o amor, se chama sensatez e falta de coerência, assim tudo junto e misturado.
Primeiro não consigo aceitar traição como normal "vc vai deixá-lo pq ele lhe traiu, ora, mas todos traem" comigo não funciona. Se a pessoa que está comigo me trai é pura e simplesmente porque eu não a completo, porque eu não sou suficientemente inteira e por isso ele procura fora. Eu preciso completar e ser completada na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na miséria, e esses juramentos não precisam ser ditos aos pés do altar, mas quando se sela um relacionamento.
Assim como não consigo achar amor numa vida de mentiras, conflitos e incertezas. Um casal que fingi para os outros uma vida que não lhes pertence, não consegue fingir para si e por isso as divergências passam a ser patrimônios conjugais. Há mais desamor do que amor, inevitavelmente.
E amor para mim está na paz e não no conflito. No companheirismo e não egoísmo. Na compreensão e respeito, como alicerce. Está na risada escapada, na lágrima compartilhada, no abraço apoiado, no chegar e ir livre. O amor não aprisiona, não impõe, nem se impõe, porque senão não é amor.
Portanto, queridos, tudo que escapa desses princípios não é amor, é outra droga qualquer. E é nisso que eu acredito e creio ser possível viver. Não num mundo do conto de fadas ou dos finais felizes para sempre, ao contrário, creio viver esse sentimento por aqui mesmo no profundo mundo dos mortais.
Pois é, eu acredito no namoro, no casamento, na relação e assim como Tom Jobim acho que "FUNDAMENTAL É MESMO O AMOR, É IMPOSSÍVEL SER FELIZ SOZINHO"
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Corajosamente vivendo...diga-me