Tenho uma família nos moldes tradicionais, com mamãe, papai e irmãos. Mas esse exemplo não foi forte o suficiente para que eu quisesse a minha assim, escapei do tradicionalismo, quando disse não a minha paixão e sim a minha sensatez. Terei uma, isso é certo, só que em outros moldes, talvez até com uma casa no campo, um lugar pra compor uns trechinhos de histórias impublicáveis, um café com chamego no fim da tarde e um beijo de despedida na hora da saída de ambos para o trabalho.
E essa vontade de constituir a minha família vem crescendo, com isso minha vontade de namorar, de dormir com um sorriso verdadeiro, de ter alguém para chamar de meu, também. Passar três dias longe de casa tem feito isso comigo, tem me retransmitindo um sentimento de saudade de algo que eu não tenho, mas que eu conheço. Tem até me feito desejar um ciúme bobo, que eu sempre detestei, mas que às vezes cai como uma luva sobre o ego. E quando chego em casa, cheia de cansaço, desejo além do abraço apertado da mãe, do pai e do filho, um beijo demorado e uma declaração de saudades, talvez seja essa a paz que eu quero.
Sem talvez, cheia de por enquanto...
Por enquanto é o meu desejo, por enquanto é meu aconchego, por enquanto é minha proximidade da distância que me dei, por enquanto é minha chuva e meu sol, por enquanto é meu tudo... No vazio, que não será o nada.
E o interiorzinho onde me escondo, está sendo a fuga do meu interior tão pacatamente desbravado, imensamente tímido e honrosamente sossegado. Se essa família vier, que venha abençoada por Deus, conduzida por Nossa Senhora e cercada de anjos, pois o meu modelo de família é o ideal, dentro de minhas idealizações.
Mas desse modelo, depois eu conto!!
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Corajosamente vivendo...diga-me