sábado, 18 de fevereiro de 2012

Oh, pedaço de mim!

Ontem fui dormir cedinho, como há tempos não dormia. Mas em paz! No silêncio da madrugada, como de costume, acordei para comer e embalada pelo silêncio fui empurrada para minhas profundezas, pelas minhas autoanálises, para os meus esconderijos ultrasecretos e de repente tive umas saudades:
Da fase boa de viver despreocupada e nem me importar se um dia teria obrigações. Da fase única do dormir e acordar eufóricos e até escapar de se sentir humano de que somos cerceado pelos poblemas e humilhados pelo vida social que nos obriga sermos vencedores. Ah, minha infância, me apruma de novo!
Saudades de pessoas estreladas e insubstituíveis. Nunca encontrei tão boas assim, fiéis, amigas, humanas, gente de verdade mesmo. Amigos que sempre te deixam acompanhadas de sua presença mesmo longe de ti. Amigos que te desbravam e te surpreendem e nunca, mais nunca mesmo, te deixam só no sentimento de exclusão. Marla e Dani; Reinaldo e João Paulo; Lucidea e Sharlene. Pessoas magiquinhas, minhas pessoas amadas.
Saudades dos amigos de universidade, dos planos embebedados pela afronta do álcool. Amigos de fé, irmãos camaradas.
Saudades do livros que li, das bocas que beijei, dos planos que me dei, das vitórias que conquistei, das viagens que realizei...
Saudades camaleônicas, que no raiar de hoje permitiram brotar um sorriso de gratidão, certezas incontestáveis, caminhos louváveis e medos insólitos, dúbios. Mas que junto me empurrão para que eu possa ajustar certezas de olhar para o além e para o pertinho assim e ver até onde eu posso fazer-me limitada pelo meu tempo.
Com quem eu posso contar sem ser fatigada pelo peso nas costas. Com quem me chamará porque lembra e me tem no coração. Com quem me diz sem julgamentos, porque se apresentou a minha história em dela se excluir da sua.
Meus pés percorreram um longo caminho. Sei que não fingi nada, não digo o que não sou, não amo nada do dia pra noite, não tenho medos crueis e tenho  um filho, meu porto!
Hoje estou meio assim, com saudades de tudo que não se foi, das pessoas que amo e sei que basta eu gritar, de um abraço aconchegante que sei onde encontrar. Mas com vontades sufocadas que preciso guardar... 

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