Hoje recebi uma missão no mínimo inusitada: escrever sobre ela a partir do meu ponto de vista.
Para ser mais simples: devo fingir que sou ela (uma amiga) e dizer o que penso de mim (sendo ela). Deu pra entender? Bem, vou assumir outra personalidade (impossível, isso!) e dizer quem eu sou nessa outra personalidade. Claro que não será uma avaliação imparcial, mas há um preço a se pagar. Pra frente:
Vivo me subjulgando. Da minha serenidade palpitam as mais serenas loucuras, ora imprevisíveis, ora absurdamente previsíveis. No quesito defeito, não sou diferente de nenhum ser humano, pactuo da máxima de quem é que não erra. Mas eu, nossa, cometo coisas absurdas por amor. Imaginem, estou num relacionamento que me leva em segundos do céu ao inferno, mas que eu adoro. Adoro inclusive as chateações que ele me causa, tanto o é, que bato o pé, chuvisco reclamações, sofro de dor no peito, mas logo logo lá estou eu rindo pelas paredes com o retorno do que não foi. Ou pra ser mais precisa "a volta dos que não foram".
Sei bem que essas coisas não me fazem bem. Vivo em dúvidas, vivo em conflitos, mas meus maiores conflitos são internos, sofro por coisas que só sei por previsão, só imagino como seriam, é aquele famoso sofrimento por antecipação. O real, o concreto dele não sei e temo saber, confesso. Posso até ser julgada como covarde, mas as escolhas que fiz me empurram exatamente a essa direçaõ de me fazer sofrer pela previsão. Nesse campo, o sofrimento é inevitável, o que não é inveitável é o meu tão tumultuado terrenos amoroso.
Olha, eu me dou cada desculpa para não assumir definitivamente que eu amo estar com quem estou e que pouco importa os conflitos que nos ferem. Ressalto que eu amo estar, mas eu não o amo, isso eu sei. Quero estar, mas ao mesmo tempo isso não é o suficiente, não me contenta devido às inúmeras opções de voos que aparecem e eu fico super tentada a embarcar. Senão fosse assim, pq me roubariam tempos de reflexão?
Bem, sou também viviada em relacionamento, deposito minha felicidade no estar com alguém, se não for assim não ta legal. Mas sou super amiga, super filha e super irmã. Ah, e super neta tb!
Não me acovardo, mas às vezes queria que o tempo parasse, o mundo não girasse até eu resolver meus problemas, achar meu lugar no mundo e viver sem a sensação de tempo perdido. Preciso entender que não devemos nada aos outros, senão a amizade. Viver um amor por comodismos, por falta de vontade de viver é falta de amor próprio e isso eu preciso inscrever em mim, senão to lascada!
Ai, sei não, tentei ser imparcial, descrevê-la pelo o que ela se descreve pra mim. Tomara que seja assim
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Corajosamente vivendo...diga-me