Tomo atitudes que às vezes ora me desesperam,ora me entristecem. Sou uma pessoa antipática por natureza, não que isso seja transparente em mim, na maioria dos casos sou legal, mas a pior parte de mim em um primeiro encontro é observadora, instigadora e julgadora. Detesto isso, no entanto essa postura tácita é meu calcanhar de aquiles mergulhado numa personalidade tão conspiradora para a alegria.
Faz tempo que não me lembro de ser natural num primeiro encontro, de ficar à vontade, e não restrinjo aos primeiros encontros amorosos, falo de encontros de modo geral, assim conheci e "amei". Ouço tudo, vejo tudo, noto tudo e o ruim disso é que dificilmente me engano naquilo que julgar. Ora, mas quem sou eu para julgar alguém? Ninguém importante, é fato, mas creio que essa postura descompostural me protege de muita coisa e me livra de muitas chateações, bem, às vezes.
Se conhecemos alguém, não conhecemos impunemente. A maioria das pessoas chega em nossa vida sobre árduas observações dos olhos alheios e os adjetivos sobre os outros não são discretos, geralmente discorremos assim sobre quem iremos apresentar: "pensa numa pessoa gente boa", "meu brother", "pessoas super legais", "uma amigona", etc. etc. etc.Acho que é aí que se concentra minha antipatia, não ser um encontro fadado ao julgamentos do acaso.
Por que simplesmente não apresentar? Conheci pessoas que me foram apresentadas como as mais fantásticas do mundo, e não demorou muito para uma verdadeira CPI ser aberta para julgar suas falcatruas de caráter. Outras, que me foram apresentadas como a mais humilde de todas, mas de repente não mais que de repente "me leva que eu vou sonho meu" uma larápia cheia de avareza. Vi outras tantas que carregavam tanto pó compacto, que só ao apagar das luzes (ao cair das máscaras) compreendi o porquê do disfarce.
Vi outras que não cheiravam bem (metáfora, heim, povo!), mas que não me imagino sem suas amizades. Outras que só foram apresentadas num simpes "Olha, esse é um amigo meu" e que me roubaram o fôlego d etão leal, surpreendente e parceira que são. Acho que essas coisas também compõem o recital chamado mágica da vida, ou será à toa que inseridos num verdadeiro show de Truman, sempre de relação em relação, encontros e desencontros queremos achar a saída e termos um verdadeiro final feliz?
Aí é que está. Minha antipatia, por hora, tão deliciosamente indelével é assim: julgar para ter um final feliz. Quem é que quer se aborrecer se pode se proteger?
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Corajosamente vivendo...diga-me