domingo, 6 de novembro de 2011

Minha cara de pau?

Acho que preciso redimensionar certos valores e autojulgamentos. É incrível como aquilo que deveria despertar nas pessoas o prazer do bom convívio, o querer ter alguém do lado, funciona exatamente ao contrário: sinceridade. Daquela, assim, transparente mesmo, dado como pagamento ao preço de uma pergunta ou aplicada como força de boa conduta.
Mas não. Noto cada vez mais que as pessoas não sabem lidar com essa qualidade, porque não gostam de encarar a verdade em sua transparência estonteante. Acho mais conveniente encará-la e saber os solos por onde passo, do que simplesmente ir na dança fingida de que está tudo bem, que minhas atitudes valem à pena, de que eu me pseudoinventar em outra pessoa e encarar outras máscaras.
É claro que eu sei o preço que pago por isso. Já fui chamada de antipática, porque simplesmente no pé dessa pergunta "você está me chamando de fofoqueira?" ajoelharam-se e não souberam rezar. Já fui chamada de arrogante por simplesmente dizer que meu pensamento era voluído para permanecer em certos tipos de conversas, em patotas de amigas que não dizem nada além  da melhor roupa e qual a fulana da vez para falarmos. Isso para mim é falta do que fazer e como afazeres não me faltam, sugeri que buscassem também, que aí sim apareceriam assuntos que não estariam aquém das fofoquinha de cumadre.
Também sou super chamada de atrevida (para dispensar outros adjetivos chulos) por olhar, encarar e investir no carinha que estou interessada. Ora, passei a adolescência a fim de garotos, que se quer me olhavam porque eu era "fria" demais e agora preciso me desvincular desse rótulo. Também já fui chamda de louca, pirada e irresponsável porque me apaixonei por um doidinho aí, sem graça, e resolvi contar-lhe.
Mas e por que preciso redimensionar? Porque há 14 anos que tamborilo no peito um gostar despretensioso e só me resta a negação.
Bem... acho que não posso mais ser sincerar. Só que quando em penso em como agir diferente, só me vem a dissimulação e fingimento. E é assim que quero ser? Já não basta os que já o são?

Não! Pensando bem, é melhor ser sincero e pegar o temporal, do que ser igual a meia dúzia de gente duas caras.
Quem não sabe brincar, não desce para o playground - não é isso?

2 comentários:

  1. Olá!...concordo com seu texto maravilhoso...e, mesmo, estando numa ferramenta...acredito que as redes sociais, estão contribuindo, ainda mais com a falta de sinceridade...é mais fácil enganar virtualmente, porque nw tem o "olho" no "olho".
    Abraços e sucessos!
    Boa semana!
    felisjunior.blogspot.com/

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  2. Oi, Júnior... obrigada pelo elogio. Concordo com o que disses, mas quem vai se vender com problemas e tristezas numa rede social?
    As pessoas usam a rede social para dissimular, sinceridade que é bom , deixam de lado, seja na rede ou na vida real. Eu prefiro ser sincera doa a quem doer!

    Bjus e boa semana pra vc tb!!

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Corajosamente vivendo...diga-me