sexta-feira, 6 de abril de 2012

364 dias de verdade!

Eis o melhor e o pior de mim: individualidade e persistência. Pouca paciência tem se incorporado. A princípio eu relutei, mas vi que essa nova característica não era com todos, mas com aqueles que vivem o primeiro de abril na alma. Vem com palavras bonitas, regalias pomposas, mas com atitudes podres, mas tão tão humanas.
É certo que eu posso ser quem eu quiser, quando eu quiser e para quem quiser. Dar um ombro amigo ou, simplesmente, negá-lo, porque meus interesses são outros e tudo aquilo que eu disse que detestava, passo a amar. E tudo aquilo que eu desenhei em discurso, deixo quieto como sempre deixei, porque não me é conveniente, porque tudo aquilo que eu disse que sou, cai no esquecimento. Tudo porque o que prevalece é quem eu de fato sou, não quem eu desejo ser. Gosto muito de uma frase de Nietzsche que diz assim "detesto que me roubem a solidão, sem em troca me oferecer verdadeira companhia". E as companhias são agradáveis até um certo tempo, até quando as almas se encontram e você percebe que nada te foi oferecido, que nada foi acrescentado e a alma outra é uma mentira.
Tenho constatado que as pessoas burilam um mundo virtual em suas vidas. Mas não são almas, e sim sorrisos de aceitação, até o vazio se reapresentar. Uma vida vazia vivida há anos e gorjetas, que não pede para sair é no mínimo alvo de desconfiança. Mas eu digo o que quero, o que não significa que sou.
Isso tem, de fato, me enojado! Como posso amar o que desprezei? Busco compreender o que vem se passando com minha cabeça e minha resposta é que vivo um processo de decepção, de medo, de reticências, de crueldade. Não consigo fazer o perfil do morde e assopra e nem dizer que sou sincera, brigar e depois dar tapinhas na costa. Não consigo! Posso, até, restabelecer laços, mas daí agir como agrande  amiga de infância vai de encontro com todos os princípios que eu julgo morais e religiosos.
Detesto discrepâncias e quem me conhece mais afundo sabe o quanto até aceito umas mentiras sinceras, mas detesto, tenho horror a pessoas que são a mentira em pessoa, que se dizem uma coisa que não são, que gostam do que se quer aprovam e que se desnudam para o outro, a quem antes se quer mostravam a face.
E a minha persistência? É a de continuar sendo eu, doa a quem doer!

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Corajosamente vivendo...diga-me