sexta-feira, 6 de abril de 2012

Tangendo a mea culpa

Ser professora de português não significa dizer que sei tudo sobre essa língua. Essa linda. Mas me dá suportes suficientes, para que eu olhe com mais rigor e menos perplexidade a algumas construções linguísticas. Bagño, renomado sociolinguista, defende a variação linguísta e discorre como ninguém sobre ela, e sem rir. Aline, adepta do ensino-aprendizagem e análise do discurso concorda plenamente com Bagño sobre os dialetos sociais, mas, em alguns casos, não consegue conter o riso. Bagño, seu lindo, me ajuda!
Mas de uma coisa já sei dizer: não sou eu que busco os erros, são eles que capturam meu olhar e minha audição. Em relação a esta é bem mais explicável o que ocorre, pois a variação linguística é realidade da oralidade, mas da escrita não. Os estudos ainda são poucos e, por essa razão, pouco se sabe da variação linguística escrita e blábláblábláblá Não é sobre isso minha postagem, só estou tentando me justificar, aliás justificar meu preconceito, que prefiro chamar de "o riso fora de mim".
Como disse, os erros me capturam, não o contrário. Quantas vezes já não passei na BR desatenta, mas estava bem atenta quando vi a placa de uma instituição de ensino com a seguinte propaganda "Venha fazer sua Pós na xxxxx em Educação à distância". Quipariuzes!!! Como é que uma empresa de educação permite um erro de crase? Aí, conhece! Vou fazer uma pós lá? Jamais. E ficarei atenta a quem já fez, somente para ter certeza se isso justifica o grau de desenvolvimento de nosso país.
Outro dia, quando estava almoçando com um amigo, entrou um senhor falando ao celular e disse "diz pra ela que vou sim levar ela em Belém, por cento e sessenta". Como a pessoa não compreendeu o valor, ele repetiu "Cento e sessenta". E mais uma vez "sessenta". Como a pessoa não compreendia o que ele disse, ele resolveu soletrar "sessenta S-E-C-E-N-T-A" É mole? E eu? Não contive o riso e soltei  gargalhada, fazendo o homem suspeitar que era dele, pois recebi aquele olhar fulminate, antes de sua saída, deixando-me com meu risinho sóbrio.
E no face? Caraca, é tanta coisa que fico abismada. E não venho com a conversa fiada de que antes de olhar um erro verifico o teclado. Erro é erro e desculpa é desculpa e ponto! Todo santo dia vejo você com "Ç", com certeza, a gente e a partir escritos tudo junto, ontontem, então, brinca pira, e o verbo infinitivo não conhece o erre nesse mundo virtual. Fora os "s" escritos com "ç" ou "z". Fora as concordâncias e a regências desconexas, fora os nove fora que dá zero de português e assassinato coletivo da língua.
E placa na rua. Deparei-me há duas semanas com uma que estava escrita lindamente, porém olha o contexto "Cuidado, cão PERVERSO". Perverso é o dono que acha que esse adjetivo é mais amplo que o cão bravo e, pior, que cachorro entende de perversidade. Congelei quando li essa placa e corri feito doida na rua para fotografar.
Mas sem forças para fotografar, fiquei quando li a placa de um cursinho, ali na Magalhães Barata, "Preparatório para cuncurso público" De onde, meu bem? Da risolândia? Imagina o português que é ensinado ali, deve ser de última (literalmente).
E para finalizar o post, não as histórias, porque tenho um portfólio delas, vai a que eu mais amo:

Vinha dormindo no ônibus e acordei exatamente na frente dessa placa. O acervo de erros é para matar ou de rir ou de raiva. No meu caso, quando essa placa me capturou, rolei de rir e precise de um mês, praticamente, para conseguir fotografá-la, sem testemunhas.
Se me der coragem falo mais sobre a "armonia" o "amo" "asaí" e o "cocô gelado (eca!)"
Por hora, PESSOLHIS DESCUPAS PELOS ERRO DI PORTOGUES DESE BLOG E PO MEU NADA VELADO PRECONCETO. NA PRÓSSIMA VEZ PROMETO QUE ANTIS DE POSTA ALGU PESSO QUE ALGUMA PESOA LEA O QUE EU ESCREVI PRA NAUM PASSA MAIS VERGONHA DIANTE DAS PESOAS MUITO INSTRUIDAS QUI AXAM QUE PODE RI DE QUEM PADECE COM A EDUCASSÃO NO BRASIL!

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