domingo, 3 de junho de 2012

Retrospectiva de emoções

Dia 16/02/2001, o locutor berrava enlouquecido os nomes dos aprovados no vestibular da UFPA. Não era um dia qualquer: era um domingo de carnaval. Além da festa de quem gosta de curtir a folia, podiamos aproveitar e gritar e espernear uma vitória, a primeira de muitas de quem traz no peito a garra de investir em conhecimento.
Em 2002, começamos a batalha pelo diploma de graduados. Foi uma caminhada louca e sã. Firmei grandes e sinceras amizades na academia, superei obstáculos, pensei em desistir, parei um semestre com a chegada do filho e em 2007 na hora da outorga, tendo minha mãe ao meu lado como paraninfa, virei e partilhei o momento com meu pai, que vibrava feito louco com o ápice dessa primeira grande conquista. Chorei, não acreditando no que havia conquistado, mas tamborilando a materialidade da coisa.
No mesmo ano já emendei o curso de especialização. Nunca na vida tinha estudado com tanto afinco. Madura e com planos já delineados, estava decidida pela busca do meu melhor lugar ao sol. Tirava dez em quase todas as disciplinas e ganhei o reconhecimento e a amizade de grande parte do corpo acdêmico da área de Letras da UFPA. À época da defesa foi um caos, uma vez que quem estaria na minha banca era a bambam em Linguística textual e sua (im)presença me causou o primeiro pânico acadêmico de minha vida. Dois dias antes de defender, tive febre, vômito e dores fortíssimas na costa. Tudo pelo abalo emcoional!
Mas essa etapa também fechei com chave de ouro: passei com excelente e com grandes elogios, quanto a minha atuação acadêmica. "Ela terá uma carreira promissora" professaram a Drª. Iaci Abdon e a Drª. Célia Brito.
Foi o impulso necessário para eu meter a cara no mestrado. No dia 20/12/2010, eis que sai o resultado definitvo do concurso e eu estava garantida na turma 2010-2012 da área de Linguística, da área de concentração em Ensino-Aprendizagem. As discussões foram o suporte necessário para apontar que havia algo de errado com a Educação e com os educadores. Foi um percurso longo, dolorido, exaustivo, mas que valeu à pena para que a 3 dias da consagração, eu pudesse revisitar esses últimos anos de dedicação acadêmica e dizer: valeu à pena!
Meus pais, meu filho, meus irmãos, cunhadas, sobrinhos, tios, primos e amigos (incluo aqui os professores) viveram com uma Aline intensa nesses últimos anos, uma Aline que trafegava entre a angústia e a libertação. Entre o medo e o desejo da vitória. Entre a loucura e a lucidez. Se alguém achava que eu não fosse conseguir pela minha ocilação de humor, precisa compreender, de uma vez por todas, que onde a Aline se inscreve, só lhe interessa sair de lá transformada.
Mas nada disso teria sido possível sem Deus, para renovar minhas forças. Quando exausta antes de dormir, eu lhe pedia "cuida de mim, porque eu não dou mais conta",  Ele na manhã seguinte me permitia levantar sem o menor peso na costa.
Quarta, dia 06/06, estarei lá, segurando em Suas mãos, no colo de Nossa Senhora, encerrando mais um ciclo. Estou tensa, mas dará tudo certo, eu creio!!
A todos que sabem o quanto eu caminhei para chegar até aqui: Muito obrigada!!!!

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Corajosamente vivendo...diga-me