Pensem numa mulher com ego massageado pelo perfeitinho fim de semana. Pois é: sou eu. Quinta, eu, mais duas amigas e uma professora da Universidade Federal de Goiânia, a Lurdinha, fomos fazer turismos em solos paraenses. Aportamos numa noite às avessas. Fomos delicadamente apresentar-lhe Belém e até (re)conhecemos a cidade das mangueiras com os olhos de um turista. Mas, não é esse o teor do post e sim que eu estava uma delicinha. Vejam só a discrepância: estava “jogada”, depois de um dia inteiro trabalhando no congresso, que já mencionei aqui, aquele que me esgotou as forças, mas mesmo assim fui, cheia de sorrisos, graças e palhaçadas. Todas nós cheias de ótimo humor (em se tratando de nós, não poderia ser diferente).
Estava determinado unicamente por mim que eu seria a última opção de cantada, visto que estava sem banho desde às 6h, trajava calça jeans e camisa do evento. O cabelo arrepiado denunciava o sair de qualquer jeito, o rosto evidenciava o excesso de retoques de maquiagem, enfim estava um horror. Porém, não é que após sairmos da Casa das Onze Janelas e cruzarmos com dois super gatos e soltarmos o tradicional “delícia” os rapazes ouviram, riram e um deles veio nos cumprimentar e pedir meu telefone. E o melhor: ligou! Apenas hoje, o que me fez achar nesses últimos dias que ele só foi ali tirar uma ondinha, ser simpático e até educado, ou seria sedutor. Mas na hora rimos da ousadia e atitude dele. Foi um perfeito gentleman. Adoro... No telefone a conversa rolou solta. Ele nas horas vagas é músico, pode? Rsrsrs Estudando para ser regente. Só espero não ter que dizer com a cabeça enfiada no braço “lá vem o Rafael”. Bem, mas é um prazer conhecê-lo. E fugi da rotina da senhora pizza aceitando seu convite para um sushi e já sei que irei passar vergonha por não saber pegar no rashi. Ai, que meda!
Continuando as aventuranças do fim de semana, no sábado, pós-congresso, caímos no samba. Cheguei intimidada pela fama do local, mas depois de umas cervejinhas e a recorrente animação do meu povo, me joguei. Curti totalmente. E fui assediada. Um chegou chegando e ficamos, ah fiquei, normalmente não fico com ninguém em festas, mas o garoto era uma delícia, só que doido de marré marré. Depois de praticamente uma hora que estávamos juntos, tivemos nossa primeira DR, ele entrou em crise comigo. E eu? Rolava de rir daquilo que entendi como palhaçada. Para que ele desestressasse e se convencesse de que eu sou feliz dei uma voltinha inteira no quarteirão com ele, o convenci a voltar ao pagode, mas ele cismou em querer que eu fosse a um aniversário com ele. Eu mereço! Ria, rolava de rir. Quando ele resolveu ir embora, pediu meu telefone e eu por prevenção dei um número qualquer, que não era o meu, obviamente. Vamos combinar que adoro intensidade, mas desse jeito, to fora. Depois ainda no mesmo pagode, fui tirada pra dançar com outro gatinho que soltou “você é muito bonita” e eu que não me dou respeito (mas tenho quem me respeita kkk) devolvi o elogio dizendo “você também é muito bonito”. Trocamos telefones, para esse que se mostrou quieto, dei o número de verdade, mas não ficamos, galinhagem a essa altura da vida não rola de jeito nenhum. O amigo de minha amiga também chegou e pediu meu telefone, dei...
Ah, paciência! Não sou periguete, mas essa sensação de olhos de bonitos em cima de mim, me fizeram curtir, renovar-me e pensar por que não? É claro que agora é o momento das coisas voltarem ao seu lugar e combinar com a minha despachadeira de romances o que fazer caso eu me meta naqueles rolos em que eu sou campeã de me meter.
No mais, vou curtindo o recesso até o dia 09/10. Meu fígado e estômago pedem paz. Mas retiro-me com agenda cheia e adorando saber que estava uma delicinha. A dona do ego que volta ao normal!