Como já comentei em alguns outros posts, sofro de insônia. Até passei essa última semana inócua a esse mal, porém há três dias tudo voltou à normalidade e eu voltei a experimentar o desprazer de acordar de madrugada e ficar pensando nada. E o pior, com uma vontade louca de fazer piquenique na porta do meu frigobar.
Mas essa madrugada foi diferente. Acordei às 2h e me deparei com uma mensagem angustiada de que o príncipe não estava conseguindo dormir também. Não sei se ele deduziu esse meu mal, se acha que sou anormal e estaria por algum motivo acordada ou se apenas quis partilhar comigo sua falta de sono. Parece bobagem, é certo, essa minha declaração, mas confesso que fiquei envaidecida com sua falta de censura em me procurar às 2h da manhã.
E isso redirecionou meu pensamento a algo que eu venho notando em mim e nos outros: o antagonismo. Precisamos ser antagônicos para sempre termos algo em que nos apoiar. Nós dois estamos motivando um contato permanente sabe-se lá o porquê. E em conversas anteriores, falamos sobre nossa sobrecarga de trabalho e estudos e de como queríamos ser mestres (ambos estamos terminando o mestrado) e de como ser professor é um sacrifício benévolo a quem acredita que a educação é a mudança necessária ao progresso do país. Talvez esse nosso contato permanente seja nosso elo com o mundo dos normais que se romantizam.
Sempre quis o diferente, pois acho furada ser “bulada” com o igual. Mas noto que é exatamente o igual que nos apóia e redireciona e é o diferente que vem para nos fazer alertas diante das coisas. Então, precisamos de mais binários que o necessário: precisamos ter contato com o bem o mal; com os maduros e imaturos; com a alegria e a tristeza, com o raso e o fundo; com eles e elas. É exatamente o antagônico que vem nos apoiar, como eu já disse.
O príncipe é exatamente tudo que eu quero e ao mesmo tempo tudo que eu não quero. Ele é meu antagônico. Se me paparica demais e percebe minha exclusão, vem e me da uma bronca que me obriga a resgatar um bem querer aprazível. Que eu quero. Ele está me apresentando a vaidade e o céu e até me fazer suspirar e achar a coisa mais linda do mundo receber uma mensagem às 2h da madrugada, quando há meses atrás eu odiaria o importuno.
Ele me devolve à Terra, quando diz que detesta novela e vai estudar. E me diz que sou furona e que por isso agora irá me sequestrar. Acho que ele me permite sentir a síndrome de Benjamin Button, pois estou num antagonismo perfeito me adolescentizando...
E se alguém estranhar, vou Cartolandar... "quero assitir ao sol nascer, ver as águas do rio correr, ouvir os pássaros cantar, eu quero nascer, quero viver..."
Tá sozinha porque quer, porque não se dá o respeito! Olha Babu, tu num tá podendo escolher, não!rsrs
ResponderExcluirMas tem gente que da o respeito... pelo menos isso kkkkkkkkkkk
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