sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Meu antagonismo perfeito...

Como já comentei em alguns outros posts, sofro de insônia. Até passei essa última semana inócua a esse mal, porém há três dias tudo voltou à normalidade e eu voltei a experimentar o desprazer de acordar de madrugada e ficar pensando nada. E o pior, com uma vontade louca de fazer piquenique na porta do meu frigobar.
Mas essa madrugada foi diferente. Acordei às 2h e me deparei com uma mensagem angustiada de que o príncipe não estava conseguindo dormir também. Não sei se ele deduziu esse meu mal, se acha que sou anormal e estaria por algum motivo acordada ou se apenas quis partilhar comigo sua falta de sono. Parece bobagem, é certo, essa minha declaração, mas confesso que fiquei envaidecida com sua falta de censura em me procurar às 2h da manhã.
E isso redirecionou meu pensamento a algo que eu venho notando em mim e nos outros: o antagonismo. Precisamos ser antagônicos para sempre termos algo em que nos apoiar. Nós dois estamos motivando um contato permanente sabe-se lá o porquê. E em conversas anteriores, falamos sobre nossa sobrecarga de trabalho e estudos e de como queríamos ser mestres (ambos estamos terminando o mestrado) e de como ser professor é um sacrifício benévolo a quem acredita que a educação é a mudança necessária ao progresso do país. Talvez esse nosso contato permanente seja nosso elo com o mundo dos normais que se romantizam.
Sempre quis o diferente, pois acho furada ser “bulada” com o igual. Mas noto que é exatamente o igual que nos apóia e redireciona e é o diferente que vem para nos fazer alertas diante das coisas. Então, precisamos de mais binários que o necessário: precisamos ter contato com o bem o mal; com os maduros e imaturos; com a alegria e a tristeza, com o raso e o fundo; com eles e elas. É exatamente o antagônico que vem nos apoiar, como eu já disse.
O príncipe é exatamente tudo que eu quero e ao mesmo tempo tudo que eu não quero. Ele é meu antagônico. Se me paparica demais e percebe minha exclusão, vem e me da uma bronca que me obriga a resgatar um bem querer aprazível. Que eu quero. Ele está me apresentando a vaidade e o céu e até me fazer suspirar e achar a coisa mais linda do mundo receber uma mensagem às 2h da madrugada, quando há meses atrás eu odiaria o importuno.
Ele me devolve à Terra, quando diz que detesta novela e vai estudar. E me diz que sou furona e que por isso agora irá me sequestrar. Acho que ele me permite sentir a síndrome de Benjamin Button, pois estou num antagonismo perfeito me adolescentizando...
E se alguém estranhar, vou Cartolandar... "quero assitir ao sol nascer, ver as águas do rio correr, ouvir os pássaros cantar, eu quero nascer, quero viver..."

2 comentários:

  1. Tá sozinha porque quer, porque não se dá o respeito! Olha Babu, tu num tá podendo escolher, não!rsrs

    ResponderExcluir
  2. Mas tem gente que da o respeito... pelo menos isso kkkkkkkkkkk

    ResponderExcluir

Corajosamente vivendo...diga-me