sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Para você: meu oposto!

Não gosto de coisas pela metade e nem de coisas não ditas. Considero que a soma dessas duas desvantagens vem me mostrar que algumas coisas, de fato, não valem à pena e que algumas pessoas não merecem meu desdobramento de atenção. Sou uma pessoa urgente, isso é fato, quando eu quero é pra ontem, mas essa minha urgência das coisas e pelas coisas não me fazem uma pessoa desmiolada, muito menos desmemoriada.
Alguns, talvez pelo fato da pouca idade e/ou da pouca experiência, se dizem e se desdizem num fluxo imperfeito. Lembro de cada conversa e cada insistência em dizer-me que eu não colocasse palavras em sua boca, frente às atitudes que eu já havia percebido. Entretanto, depois comporta-se subjugando minha inteligência, jogando com minha espetacular memória: agiu e tentou estampar-me como uma burra. Vem dizer que disse o que não disse, que me fez entender o que se quer se esforçou para fazer. Tenha dó!
O que eu não entendo são as pegadinhas e o que os outros não entendem são os motivos. Somos opostos, inclusive no comportamento e atitudes diante da vida. Sempre detestei, como já dito, coisas pela metade e sem emoções: gosto de abraços apertados, toque de mão valente, um beijo bem dado, gritos ouvidos, música no último volume e, principalmente, viver o aqui e o agora. Fujo e sempre fugi das coisas mornas, por isso tomo o trecho da carta de Laudiceia na Bíblia que diz "Seja quente ou seja frio não seja morno que eu te vomito", como uma tradução a minha repugnância a tudo que me devolve para o lugar de sempre, que não me oferece nada, nenhuma emoção, nem um passar. Se vejo que as coisas estão sempre voltando, tal qual um disco riscado, dou o sinal e desço do bonde, para já pegar outro. Sou extremada e faço o toque valer à pena: que o depois fique para depois.
Por isso, que me perguntei por que ele? Ele não me ofereceu nada do que eu esperava. Nenhuma emoção senão a que eu mesma me dei, que por sinal valeu muito à pena. Mas vi que ele se vendeu e cobrou o preço. Disse que era uma coisa e agiu de outra forma. Fora para mim o intrigante parêntese de não ter o mesmo foco e finalidades que eu. E por quê? E eu que devo bater a cabeça? Justo eu que sempre me tive como uma pessoa que vale à pena? Não... não... não...
Bem... nossas experiências e modos de ver e viver à vida compram duas vias: ou a pessoa te aceita pelo que você é (justamente as pessoas maduras e descoladas que não precisam se dar explicação, porque já experimentaram vida demais e conseguem ajustar suas retinas para a realidade da vida tal qual ela é) ou as pessoas não te aceitam. Essa opção se desdobra em duas outras - ou você não despertou interesse se quer para uma amizade ou a pessoa não consegue te aceitar por se saber muito diferente e sem forças para te conter.
Porém, como eu sempre dei aos outros o poder da palavra, porque delas eu não tenho medo, isso inclui não ter medo da verdade, fico chateada por não ter o direito da palavra me devolvido. E exatamente por essa falta de troca é que reverencio e finalmente entendo o meu queridíssimo Fernando Pessoa que disse que "quem não ver bem uma palavra não pode ver bem uma alma".
Que bom que as palavras do pequeno ora bem arquitetadas, ora bem destruídas, mas sempre esbarrando na superficialidade de um medo denunciado no olhar, me levarama enteder sua alma e a compreender que quem perdeu não fui eu!
Quem lhe dera se deliciar comigo, no meu infinito particular...







E ESTA É A ÚLTIMA CITAÇÃO SOBRE ELE EM MEU BLOG... O BONDE PASSOU E EU PRECISEI PEGAR

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Corajosamente vivendo...diga-me