Estou tendo dias agitadíssimos por conta de acúmulo de atividades. Nessas agitações necessito controlar cada emoção que circunda cada seção/sessão do meu dia. Seguindo uma (des)ordem cronológica, já bem de manhazinha tenho que lutar contra a vontade de permanecer na cama e me reorganizar a fim de correr para o trabalho. Mas antes de correr para ele, tenho que pacientemente colocar o filhote da cama e organizá-lo para ir à escola, para só então cuidar de mim.
Descronologicamente, meu dia passa ao caos: tenho que cuidar de minhas atividades no sesc, organização do II SISEL, atender mil telefonemas e resolver outras tantas mil pendências desse congresso. Estudar para qualificação, ligar para agendar aula no interior (voltei), cuidar para que a maquiagem não borre, verificar publicações para pontuar e um dia entrar no doutorado, cuidar da minha dissertação para ser, se Deus quiser, daqui a quatro meses, Mestre. Misturada nessas emoções, atendo telefonemas de amigos, primos, mãe e filho. Ligo para amigos, primos, tios, mãe e filho. Tenho que pensar!
Nos entrementes de tudo, leio sempre o jornal do dia e algum livro que guardo na bolsa. E sempre, mas sempre, vivo sendo afrontada pela anarquia do mundo. Várias opiniões, vários conceitos, várias atitudes que me tedenciam a viver mudando de opinião. E, claro, lutar para ser no mínimo tolerada nesse mundo louco e aos olhos de quem quiser saber... perfeito sim!
E antes chegar em casa há tempo da novela, rever o dever do filhote, botá-lo para dormir e me da o direito de um bom filme, ou só um filme, ainda tenho tempo para pensar quão bom seria tomar um chopp, uma escapada ao cinema, uma pizza, o que seja para distrair...
Parece que não tenho mais tempo? Que nada! Sobra-me tempo... Mas devo confessar que às vezes fico tão cansada, que desejo transgredir, viver algo surreal, ou simples mesmo, tal qual o banho de chuva involutário na sexta feira passada que eu tomei com a Dani.
Vinhamos na moto e fomos surpreendidas por uma chuva transloucada. Como era eu quem dirigia, a safadhenha da Dani se escondeu atrás de mim e engatamos uma sinfonia de frio tal qual debi&loide... Porém, de uma hora pra outra a chuva pareceu fazer sentido e adoramos estar nela. A louca da Dani tirou o capacete e curtiu. Eu de capacete mesmo me deliciava com a chuva escorrendo no meu corpo, mas me dando a impressão de que escorria na minha alma.
Foi uma sensação maravilhosa. Perfeita. Ideal! Uma sensação que, acho, só as crianças conseguem sentir plenamente. Fomos crianças naquele momento. Só o banho importava, só a sensação de alma lavada prevaleceu, tanto o é que o assunto se esgotou e riamos feito duas bobas.
Que bom que pudemos viver isso: o banho de chuva, a volta a infância, a alma lavada... Toparia todo dia essa sensação de renovação, mas cá pra nós... desde que eu tivesse sempre até o pescoço atarefada, porque senão o que eu faria da minha vida???
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Corajosamente vivendo...diga-me