sexta-feira, 15 de abril de 2011

Se é loucura, então melhor nem ter razão!

A arte de manter segredo é para poucos. E é certo que em boca fechada não entra mosquito. Ela não tinha mais unhas para roer, seu cabelo já estava todo repuxado, suas olheiras estavam mais visíveis do que nunca... E as reclamações do chefe eram músicas para os ouvidos. Mas ela tinha decido: seu segredo iria se manter intacto até a hora certa, ou até certa hora.
Não era um segredo surpreendente, era mais uma de suas escolhas quadradinhas, previsíveis aos daqueles que lhe conheciam. Mas havia aqueles que era queria pregar uma boa peça, arrancar um "sério?" "O que ela foi fazer lá?" Não ía ter nada mais delicioso, como não teve quando ela decidiu ir de mala gigante para SP/Taubaté/RJ... Poucos duvidaram, mas aqueles que botam fé quando ela diz que vai fazer prepararam logo suas encomendas de viagem. E mais uma vez lá está ela, encolhida na cama, o tradicional livro escondido em baixo do travesseiro, celular em algum lugar, filho do lado e os pensamentos lá no outro lado dor rio... O que se dará nessa aventura súbita?
Loucura:não há melhor definição! Dizem que ela é o oposto da sanidade, da razão, da coerência. Sófocles enlouqueceria, é certo."Tão pontual, tão programada, tão planejada e fez isso" E ela está gostando. Quer rir. Quer saber dos comentários, dos burburinhos, da surpresa, do ódio contido... Ela será indiferente a tudo, mas no fundo se deliciará pela surpresa causada, totalmente fora de órbita, retratada nesse comportamento caleidoscópico...
Ela é louca, aliás retardada, não é isso. Mas a loucura é estágio para serenidade, e, apesar de tudo, ela está serena, esperando a hora do riso, do gozo, da reviravolta no caso...
O segredo dela? Não é hora ainda da revelação...

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Corajosamente vivendo...diga-me