Uma parte de mim é coragem, a outra é submissão. Não sou inteira, tenho descoberto isso nos discursos que a vida me obriga ouvir. Sei o que tenho que fazer, mas minha parte coragem é fraca. Quero o querer, mas não sei por onde seguir. Sou submissa aos meus defeitos mais primários: egoísmo, orgulho, infantilidade... Cresci aos poucos e minha parte mais segura ainda se encontra perdida no meu passado querendo encontrar o rumo que eu não permito.
Sou medo. Sou futuro. Sou humana.
Sou coragem. Sou passado. Sou força.
Não quero o samba no pé, nem o choro, nem o rock. Meus ídolos só servem para me mostrar a filosofia da caixa de papel e do álbum de fotografia. Sou metade de mim, com uma cortina fechada para mim mesma. Não sei me mostrar embora lute desesperadamente para que alguém me veja.
Sou poema. Sou sexo. Sou poesia.
Sou história. Sou sujeito.
Uma metade menina. Uma metade mulher.
Sou conflito e decisão.
Sou a Outra. Ideologia. Parca. Decidida.
Eu preciso de mim, da minha parte que me apoiou até agora, mas ela se perdeu em algum lugar e eu estou por aqui, sofrendo sem saber que direção seguir, que decisões tomar.
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Corajosamente vivendo...diga-me